Há quase dez dias, venho testando diariamente o fone de ouvido Bluetooth Jawbone 2, da Aliph. Trata-se da segunda geração de headsets produzida pela empresa; depois dela, ainda vieram os modelos PRIME e, mais recentemente, ICON. Tecnicamente, porém, não há grandes diferenças entre eles.
O modelo testado por nós é na cor preta (foto abaixo), porém eles também estão disponíveis em dourado, azul, rosa e prata.
Contando com tecnologia militar anti-ruído, os fones Jawbone são muito bonitos, confortáveis, fáceis de usar e oferecem uma excelente qualidade de som — tanto para quem está ouvindo quanto para quem está falando.
A caixa do Jawbone 2 vem recheada de pequenos acessórios e extras para o seu fone de ouvido, incluindo um guia rápido de utilização, múltiplos silicones com tamanhos variados, diversas borrachas para a orelha e, é claro, cabo USB e adaptador de força. Aqui, uma notícia ruim: o padrão de tomada é diferente do brasileiro, portanto o Jawbone só pode ser recarregado quando estiver conectado ao computador, via USB.
Confira um vídeo de unboxing do produto:
Infelizmente o vídeo está mudo porque o Google não gostou da musiquinha que eu tinha posto. Sorry, guys. :-/
O Jawbone — que pesa apenas 11 gramas — é compatível com uma série de computadores, telefones celulares e smartphones equipados com a tecnologia sem fio Bluetooth, mas é claro que, no nosso caso, realizamos nossos testes com iPhones (um 3GS e um 3G, pra ser mais específico) bem como, rapidamente, com o Skype no Mac OS X.
O emparelhamento do fone não poderia ser mais fácil e rápido: na primeira vez em que ele é ligado, já entra em modo de descobrimento automático. Aí, é só ir à tela de configurações Bluetooth do iPhone, selecioná-lo na lista e confirmar a sincronização entre os dois dispositivos. A partir daí, a conexão entre um e outro sempre é feita de forma automática.
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Quando o Jawbone está ligado, o iPhone assume que é com ele que você deseja realizar chamadas. Todavia, se você quiser, na tela de ligação é possível alternar a fonte de áudio para o iPhone ou para o seu alto-falante, como bem entender.
O fato de o Jawbone estar emparelhado com o iPhone não anula os controles na própria tela do aparelho. Mas legal mesmo é usar os dois únicos botões presentes no fone, que não são visíveis a quem olha para ele: um encontra-se bem na parte traseira e outro mais para o meio — ambos ficam “escondidos” por debaixo da sua carcaça e são facilmente identificáveis com o dedo. Um pequeno LED branco/vermelho também indica o estado atual do fone.
Enquanto o iPhone está ocioso, você pode segurar o botão traseiro do Jawbone para chamar o Controle de Voz do iPhone (apenas 3GS, neste caso), iniciando ligações para quem quiser sem nem tirar o aparelho do bolso. Quando receber uma chamada, o botão traseiro a rejeita e o do meio aceita e inicia a ligação imediatamente. Tudo é muito simples e direto.
Para uma boa experiência com o Jawbone, você só precisa se certificar de ele estar confortável na orelha — o que provavelmente significará que ele está bem posicionado no rosto. Na parte de dentro do fone, veja que ele possui um pequeno pininho branco; ele precisa estar sempre em contato com a face, visto que a captura de áudio do Jawbone é feita através das vibrações maxilares.
Desenvolvido pela Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA), agência de pesquisa militar norte-americana, a tecnologia incorporada no headset visa à supressão de ruídos diversos. Batizada na versão civil de “Noise Assassin”, essa tecnologia consegue subtrair o som ambiente da voz humana com uma eficácia tremenda. Confira aqui um vídeo de demonstração da tecnologia.
Uma das coisas que me intrigou bastante quando comecei a usar o Jawbone foi a questão da bateria. No caso do fone em si, a Aliph promete mais de quatro horas de conversação ou mais de oito dias em modo standby — o que é excelente. Melhor ainda: sua recarga completa leva apenas 50 minutos pela porta USB do Mac. Aqui, não há do que se queixar.
No lado do iPhone, porém, não posso dizer o mesmo. Ter o Bluetooth habilitado o tempo todo (mesmo quando o fone não está ligado) de fato afeta a bateria do aparelho. Não é nada de absurdo e não tenho uma porcentagem específica para lhes dar, mas é algo sensível. Some o Bluetooth a 3G, Wi-Fi, brilho da tela, notificações instantâneas (push) e você se pegará deixando o aparelho conectado ao computador ou ao acendedor de cigarros do carro durante boa parte do dia. 😉

Depois desses quase dez dias de uso do Jawbone 2, não tenho nada do que me queixar sobre o produto e devo admitir que estou até um pouco viciado nele. Não costumo ficar o dia todo com ele preso à orelha porque o uso prolongado acaba machucando um pouco (isso no meu caso, é claro), mas, quando saio de casa — e especialmente quando estou dirigindo —, a primeira coisa que faço é ligá-lo.
O Jawbone 2 chegou ao Brasil recentemente, distribuído pela Tallard Technologies — a qual gentilmente nos cedeu esta unidade para testes. Seu preço sugerido para o mercado nacional é de R$390.