Um dos benefícios dos processadores com múltiplos núcleos é que você pode colocar maior poder computacional no computador sem exigir absurdos no consumo de energia, bem como não prejudicá-lo com altas temperaturas. O problema é que, no caso da Apple, equipar um MacBook Pro com um dos chips Core i7 da última geração da Intel não aparenta ter sido uma decisão muito benéfica nesse último aspecto, julgando que suas técnicas para dissipar calor deixaram a desejar em um teste feito por um site australiano.
Durante um benchmark realizado com o Cinebench, um MacBook Pro Core i7 registrou temperaturas de até 100ºC em seu processador — sim, capazes de fazer a água ferver no nível do mar —, enquanto um modelo da Fujitsu equipado com o mesmo chip atingiu um máximo de “apenas” 80ºC. Acredita-se que exista algo errado no sistema de resfriamento interno usado pela Apple, mas sua carcaça de alumínio também retém calor com enorme facilidade, então essa é uma característica que também depõe contra.
Os resultados dos testes não aparentam ser influenciados pelo sistema operacional da máquina ou nada do gênero, mas o fato é que um MacBook Pro pode se tornar bem difícil de usar em circunstâncias como essa. Mesmo que a temperatura interna geral não atinja 100ºC, o calor do processador está propício a ser conduzido em pouco tempo por toda a área externa do portátil.
[via iClarified]
Atualização
Olhando com calma a análise feita pelo MacDailyNews sobre o artigo citado neste post, fica claro que alguns pontos nele realmente não estão muito claros, principalmente no tocante à condução de calor do processador (o único componente que realmente atinge 100ºC) ao resto da máquina. Dependendo do caso, esse calor talvez não influencie tanto o uso do portátil como o artigo original tentou dar a entender.
Além disso, vale lembrar que o limite térmico estabelecido pela Intel ao Core i7 é de 105ºC, portanto a temperatura registrada por esses testes continua dentro dos padrões aceitáveis de operação. Por fim, deve ficar claro que a máquina foi submetida a um benchmark pesado, cujas circunstâncias podem não refletir a situação comum dos usuários do MacBook Pro.