Já faz um bom tempo que o YouTube suporta um player de vídeos em HTML5 para acesso ao site sem a necessidade do Flash Player e, desde a sua introdução, ele foi bastante aprimorado pelo Google — hoje, até conteúdo com legendas pode ser assistido nativamente no Safari e no Chrome. Mas o uso de padrões da internet para distribuir o que vai ao ar diariamente no YouTube é pouco relevante para seus engenheiros, que ainda ressaltam o uso de plugins como o Flash para continuar a funcionar normalmente.
Como em qualquer site da web, o que depõe contra a eliminação de plugins do YouTube é compatibilidade de browsers: embora Safari e Chrome apoiem HTML5 e sejam compatíveis com o formato de vídeos usado pelo Google (H.264), eles não representam nem 15% dos usuários de internet na atualidade. Estima-se que o número de usuários capazes de usar HTML5 na internet cresça bastante no futuro, com uma nova versão do Internet Explorer para Windows, mas, apesar de isso solucionar a questão de audiência, definir um formato único para distribuição de vídeos na internet (entre H.264, Open Video e, agora, WebM) está cada vez mais difícil.
Por causa disso, também não é fácil para nenhum site adotar tecnologias de streaming que sejam acessíveis para todos. A Apple tem estimulado um protocolo de rede para o formato de vídeos H.264 que funciona com qualquer servidor e é bastante flexível para gerenciar conexões, sendo adotado rapidamente por muitos que querem distribuir conteúdos para o Mac OS X e o iOS. Contudo, além de ser pouco popular para outras plataformas, ele não oferece as mesmas técnicas de proteção de conteúdos e medição de audiência que alguns tipos de vídeos exigem, especialmente agora que o YouTube oferece alugueis de filmes.
O pior é que isso tudo faz apenas referência a como o YouTube oferece sua biblioteca de vídeos para os usuários, pois quando se trata de como eles interagem com o serviço, mais problemas emergem, desde a falta de suporte a embeds em outros sites até o uso de câmeras e microfones dos computadores para gravações. Enfim, não é à toa que definir padrões para a internet tem sido difícil há muito tempo; o jeito é esperar que a entrada de gigantes de tecnologia no meio dessa história acelere um pouco as coisas.