A história é mais velha que a Terra: um desenvolvedor vai e cria um app sabendo que está usando uma API privada, a Apple rejeita e o mundo vem abaixo. “CENSURA! Estão me privando do meu direito inalienável e garantido por tratados internacionais de vender meu produto numa loja privada controla por uma empresa à qual eu me subordinei através de um contrato claro!” Ou, em outras palavras, #mimimi
. Claro, também há casos em que a Maçã dá a louca e rejeita um app por birra ou capitalismo — mas, ainda assim, é um direito dela.
Eu sempre me perguntei por que ninguém tinha pensado ainda em criar uma loja de web apps. A resposta faz parte da natureza humana: reclamar do sol é mais fácil que procurar uma sombra. Desta forma, vejo a iniciativa do OpenAppMkt como a mais perfeita de todas as sombras — e talvez ela seja exatamente o que a Apple tinha em mente para sua plataforma móvel: se alguma coisa não aparece na App Store, sempre se pode contar com a web.
[vimeo width=”320″ height=”480″]http://vimeo.com/13598690[/vimeo]O uso de web apps nos remete ao lançamento do primeiro iPhone, quando essa era a única forma de ir além do que o sistema operacional trazia. Por que eles foram esquecidos, nunca consegui saber (talvez porque desenvolvedores em geral se distraem fácil, quando veem um SDK). Com os avanços dos padrões abertos de internet, a situação está melhor ainda, e nada disso precisa de jailbreak ou de aprovação prévia da Maçã. Apesar de a grande maioria dos aplicativos disponíveis no OpenAppMkt ser gratuita, há a possibilidade de desenvolvedores cobrarem pelo seu trabalho. Outra forma de expansão é que, por se basearem em padrões, no futuro os apps desta loja poderão ser usados em smartphones de outras marcas.
Eu aposto mais neste tipo de serviço do que em operadoras se aliando pra tornar a vida dos usuários um inferno — pois esse parece ser o grande propósito delas no mundo.
[via Techdirt]