O Wall Street Journal disse, Ashok Kumar disse, então alguma coisa deste rumor deve ser verdade: a Intel estaria de olho na Infineon Technologies, empresa alemã responsável pelos chips de baseband encontrados em iPhones e iPads. Se essa aquisição se consumar, sim, o iPhone será um gadget com “Intel inside”.
Outras empresas também estariam de olho na Infineon, entre elas a Samsung e a Broadcom, mas Steve Cheney, escrevendo para o TechCrunch, acredita que a Apple é que deveria dar o maior lance e levar às últimas consequências seu modelo de integração vertical. Nada indica que isto vá acontecer, mas sabemos que o pessoal de Cupertino sabe guardar segredos (ou “sabia”) e que há dinheiro na caixa forte de Infinite Loop para uma aquisição deste porte.
Os rumores indicam que a Intel pretende pagar cerca de US$2 bilhões pela Infineon, que fora recentemente cotada pelo Citibank como uma empresa valendo entre US$900 milhões e US$1,5 bilhão. Em outras palavras: os negócios hão de ser agressivos. Contudo, a Intel tem um ponto depondo contra si: ela já tentou entrar no mercado de tecnologias wireless, sem sucesso, com a compra da DSP Communications, em 1999, por US$1,6 bilhão. Tal empreitada terminou com a venda da linha de produtos fruto dessa aquisição para o Marvell Technology Group por apenas US$600 milhões, em 2006.
Será que desta vez a Intel vai entrar pra valer no mercado de comunicações sem fio? Com o rol clientes da Infineon (Apple, Nokia e Samsung, por exemplo), as possibilidades são tentadoras. Mas isso só será possível se a Maçã não resolver tomar para si a fabricação de chips de baseband — como fez com processadores — ou se ela não resolver usar as tecnologias da Qualcomm — rumor que de vez em quando vem à tona. Alguém duvida que, se comprasse a Infineon, a Intel faria a Apple rebolar, assim como o fez em relação às placas gráficas dos Macs?