O funcionamento do “efeito halo” nos produtos da Apple é simples de entender: uma pessoa compra um iPod, que é baratinho (nos EUA), e fica tão contente com a simplicidade do produto que decide experimentar um dos computadores da Apple. Mas isso acontecia no começo da década passada e hoje os tempo são outros. Agora é a vez do iPad de atrair pessoas para o iPhone e para o Mac.
Segundo uma pesquisa conduzida pela Nielsen, uma pessoa que tem um iPad (mas não um iPhone) é quase duas vezes mais propensas a adquirir o telefone da Apple em sua próxima aquisição de smartphone do que aqueles que não possuem a tablet.
Em números: de 64 mil clientes de telefonia móvel entrevistados, 51% dos que possuem iPads pretendem adquirir um iPhone, contra 26% dos que ainda não têm nenhum dos dois, mas planejam comprar o smartphone da Maçã. E, só pra constar, 85% dos que têm apenas o iPhone e 91% dos que possuem telefone e tablet da Apple planejam repetir a dose. Once you go Mac…
A causa apontada é o sistema operacional em comum: muitos dos apps comprados para a tablet podem ser usados também no iPhone, sem custo adicional, ou vice-versa. Entretanto, talvez muitos consumidores se surpreendam negativamente ao descobrir que certos aplicativos têm versões separadas para um e outro gadget, ou que apps para iPhone não ficam tão bonitos rodando em modo de compatibilidade no iPad. Ainda assim, o funcionamento do iOS em ambos é idêntico, dispensando qualquer curva de aprendizado e facilitando o gerenciamento de múltiplos aparelhos em uma residência ou empresa.
“O grande lance é que pessoas com um iPhone realmente não procuram outra coisa” na hora de comprar um smartphone novo, disse Roger Entner, da Nielsen. “É como ter a mulher mais linda do mundo em seus braços. Por que você procuraria outra?” Qualquer jailbreaker e fandroids têm a resposta na ponta da língua: “Porque esta não faz o canguru perneta com duplo twist carpado power PLUS enquanto samba.” 😛
One more thing… Cerca de 15% dos donos de iPads têm 56 anos ou mais. Para Entner, isso é um caso de evangelização filial: “A faixa etária de 25–36 anos vai mostrar [o iPad] para os pais e dizer ‘Vocês sempre reclamam que é difícil usar o PC, vejam como isto é fácil.'” Normal, consumidores satisfeitos adoram falar bem de produtos que usam e aprovam.