O melhor pedaço da Maçã.
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Logo da Apple (maçã) e cadeado com chave

Sistemas da Apple tiveram 9 brechas zero-day em 2022

A consultoria de cibersegurança Mandiant, subsidiária do Google Cloud, publicou um relatório sobre vulnerabilidades zero-day descobertas ao longo do ano passado. Trata-se de brechas que são exploradas antes mesmo de serem resolvidas, muitas vezes sequer exigindo ações do usuário para que isso ocorra.

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Apenas em 2022, foram descobertas 55 brechas do tipo, um número (felizmente) menor que as 81 relatadas em 2021 — mas ainda bastante maior que as estatísticas dos anos anteriores. Vale lembrar que a pandemia pode ter criado uma espécie de demanda reprimida que “empurrou” descobertas de 2020 para 2021. Observando a série histórica, podemos ver como se trata de um fenômeno relativamente recente, ao menos com uma maior intensidade.

Algo interessante que foi ressaltado pela Mandiant é a origem desses ataques zero-day. Entre os identificados, 7 foram atribuídos a grupos ligados ao governo chinês, enquanto se suspeita que 4 outras tiveram origem norte-coreana. Também foi identificado que 16 vulnerabilidades exploradas tiveram uma motivação específica, sendo 4 delas voltadas a interesses financeiros.

Quando analisamos o número de brechas exploradas por fabricante dos sistemas, é possível notar que aqueles que têm mais usuários apresentam mais vulnerabilidades, de modo geral. Assim sendo, a Microsoft foi a “campeã” da lista, com 18 brechas, seguida pelo Google (10) e depois pela Apple (9). É a terceira vez que as três empresas lideram essas estatísticas.

Em matéria de sistemas, porém, o macOS demonstrou uma maior segurança, na medida em que apenas 4 vulnerabilidades zero-day foram exploradas e identificadas — contra 15 do Windows. No iOS, porém, foram 5 brechas, contra apenas 1 explorada no Android, mostrando que o sistema móvel da empresa pode estar mais vulnerável do que se imagina.

Ainda segundo o relatório, apesar de as ameaças a sistemas móveis estarem aumentando, os computadores ainda são mais visados por crackers. Geralmente, quando há um ataque contra um smartphone, ele costuma ser voltado para alguém especificamente — como observado por aqueles que usam o spyware Pegasus contra ativistas, jornalistas e outras pessoas. Navegadores também são um alvo comum dessas brechas.

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A maior parte das vulnerabilidades (53) encontradas no ano passado tinham como objetivo a execução arbitrária de código, bem como obter privilégios no sistema. Apesar de essas ações não ganharem tanta atenção como, por exemplo, vazamentos de dados, elas têm uma gravidade maior que o acesso a dados, na medida em que o seu dispositivo fica vulnerável ao que os crackers desejarem fazer.

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A consultoria ressaltou, ainda, a importância de empresas do ramo da tecnologia manterem seus sistemas atualizados, bem como adotarem boas práticas de segurança, de modo a proteger os usuários. De toda forma, vale sempre lembrar de navegar com cautela e evitar acessar sites suspeitos ou fazer downloads que possam pôr o seu dispositivo em risco.

via Bleeping Computer

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