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Linux 6.2 traz suporte para Macs com chip M1 [atualizado]

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Linux e chip M1

Após o projeto Asahi Linux ganhar otimização em Macs com Apple Silicon, e suporte a drivers da GPU1Graphics processing unit, ou unidade de processamento gráfico. dos chips M1 e M2, o Linux 6.2, versão base do sistema, trouxe como uma de suas principais novidades o suporte oficial aos processadores da linha M1. Apesar disso, o sistema ainda não está 100% pronto para uso.

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Vale lembrar que a equipe que desenvolve o Asahi Linux já havia conseguido fazer o sistema rodar em Macs com Apple Silicon, inclusive até mesmo com o M2. Na época, isso foi incorporado à versão 5.13 do Linux. A novidade do kernel 6.2 significa mais um passo na direção de fazer os Macs funcionarem com o sistema operacional do pinguim, bem como de aumentar os esforços para que isso ocorra. O funcionamento, porém, ainda não viabiliza o uso completamente.

Apesar da novidade interessante, ainda faltam algumas otimizações para que o Linux possa ser usado cotidianamente em Macs com M1. Como mostrou o AppleInsider, várias funções como as portas USB, o touchpad e a saída para fones de ouvido não estão funcionando de maneira estável, de maneira que usuários ainda deverão esperar mais um pouco até que o sistema esteja mais favorável ao uso.

Ainda que o update tenha sido apresentado como mais simples, em especial comparando ao anterior, a compatibilidade com os chips M1 [Pro/Max/Ultra] representa um avanço importante. O criador do Linux, Linus Torvalds, já havia falado sobre como seria um desafio fazer o sistema funcionar em máquinas da Apple com o novo processador, mostrando quão interessante é a novidade.

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Outras adições do Linux 6.2 incluem suporte ao Intel Arc Graphics, bem como ao driver On-Demand da fabricante de processadores e à tecnologia Call Depth Tracking, que melhora o desempenho em chips mais antigos, como os da geração Skylake. Também temos suporte inicial a placas de vídeo da linha GeForce RTX 30, da NVIDIA.

Há, ainda, compatibilidade com o joystick Sony DualShock 4, sensores e ventoinhas da OneXPlayer, o acelerador de inteligência artificial Gaudi2 da Habana Labs e placas-mãe da ASUS. O Raspberry Pi agora também pode rodar o Linux 6.2 em 4K com taxa de atualização de 60Hz, entre outras atualizações menores.

O Linux 6.2 deverá se tornar o kernel padrão do Ubuntu 23.04 e ser incluído no Fedora 38 antes do lançamento da próxima versão do sistema (6.3), em abril. Ainda não se sabe quando Macs com M2 também ganharão compatibilidade, mas esse desenvolvimento deve estar ocorrendo.

Atualização28/02/2023 às 13:30

A conta do Asahi Linux no Twitter publicou alguns esclarecimentos em relação a essa novidade. Segundo a equipe, ainda não é exatamente possível rodar sistemas baseados no Linux em Macs com chips da linha M1, tendo em vista que, como mostramos, recursos como teclado e touchpad não funcionam ao usar o sistema do pinguim em máquinas da Apple.

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Ainda assim, o time reconheceu que o kernel 6.2 do Linux de fato adicionou o suporte às device trees, bem como ao boot em máquinas com chips M1. Apesar disso, as coisas não são tão simples, só sendo possível rodar o sistema com um tipo específico de página.

Ainda que você possa rodar uma versão com kernel 6.2 em desktops (Mac mini com M1, Mac Studio com M1 Max/Ultra) e fazer coisas úteis nele, esse é apenas o caso para builds do kernel com páginas de tamanho 16K.
Nenhuma versão genérica em ARM64 funciona com páginas 16K, até onde sabemos.

Dessa forma, ainda é necessário que haja um trabalho de integração por parte dos sistemas que rodam com base no Linux para que o funcionamento de fato ocorra sem problemas. Isso só será viabilizado quando builds cujo tamanho da página seja 4K estiverem usáveis, ainda demandando algum tempo de desenvolvimento.

Notas de rodapé

  • 1
    Graphics processing unit, ou unidade de processamento gráfico.

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