O melhor pedaço da Maçã.

Será possível que até os preços dos produtos da Apple têm um Campo de Distorção da Realidade® próprio?

Preços do iPod touch 4G

Todos nós queremos ser um pouquinho como a Apple: a imitamos nos slides de nossas apresentações (atire a primeira pedra quem nunca quis usar a fonte Myriad Pro Semibold!), no design de nossos sites, no jeito de apresentar as coisas, nos ícones que criamos… Que tal mais uma coisa para imitar a Maçã?

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Preços do iPod touch 4G

Segundo Ben Kuz, da BusinessWeek, um dos segredos do sucesso da Apple pode estar nos preços dos produtos que ela vende. Em um artigo que trata de técnicas psicológicas na hora de decidir o preço de um produto, ele aponta vários exemplos, incluindo alguns tirados da keynote de ontem, e mostra como até as etiquetas de preço têm um Campo de Distorção da Realidade® — provavelmente herdade da convivência com o Jobs.

Veja as quatro técnicas:

  1. Use iscas de preço: então um iPod touch com 8GB agora custa US$230, não é? De repente o iPhone 4 com 16GB parece incrivelmente barato, por apenas US$200! Mas entre um touch com 32GB e um smartphone com mesma capacidade, mas hardware muito superior, qual você escolheria, por US$300? O quê?! Um iPod touch com quatro vezes a capacidade, por apenas US$80 a mais que o modelo de entrada!… Viu como funciona? 😛
  2. Crie um preço de referência elevado: o primeiro iPhone, com apenas 4GB e hardware risível, custava três vezes o preço de um iPhone 4 com 16GB hoje. Isso dá ou não dá a sensação de que US$200 por um smartphone da Apple não é nada, praticamente um roubo?
  3. Elimine o preço de referência: esta é ótima! Um iPod touch de 32GB por US$300 é caro ou barato? Vamos comparar com… nada! Não existem produtos concorrentes, simplesmente porque a Apple fez de tudo pra seu produto ser único na categoria.
  4. Misture preços com outros produtos/serviços: se esta técnica fosse a Força, o iPhone seria o Darth Vader. Um smartphone como esse por apenas US$200 não é nada, mas não esqueça que há 24 meses após a compra ao longo dos quais milhares de dólares devem ser pagos via conta telefônica. Um iPad de US$500 não tem contrato, mas a Apple certamente espera lucrar bastante quando você vai à App Store e compra apps, ou quando aluga uma série no seu Apple TV de US$100. Esses pequenos gastos se acumulam e viram uma montanha de dinheiro.

Chris Meadows, do TeleRead, deu uma resposta interessante a esse artigo: nela, Meadows argumenta que a isca de preço mais genial da Apple foi o “vazamento” de que o iPad custaria “menos de US$1.000”, um código para “US$999”. Não é à toa que todo mundo enlouqueceu, quando foi revelada a verdade — inconveniente pra concorrência, diga-se.

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Aqui eu adiciono uma técnica da qual me dei conta apenas ontem: dê crédito onde ele é devido. Particularmente, eu achei bem legal o que a Apple Brasil fez, de dizer o quanto os impostos pesam no preço dos iPods nano e shuffle: não diminui em nada a facada, mas ajuda a entender melhor que a culpa não é só da Maçã e eu mentiria, se dissesse que não torna o produto mais palatável.

Não seria amazingly great saber que metade do dinheiro que vai num MacBook Pro comprado aqui não passa nem perto da Apple?

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