Se você já se deparou com a ficha técnica de um Mac equipado com Apple Silicon (como o M1 ou o M2), já deve ter notado que a Apple não utiliza no nome RAM1Random access memory, ou memória de acesso aleatório., e sim memória unificada.
Mas, afinal de contas, existe alguma diferença entre a tradicional RAM e a memória unificada? Sendo direto, a resposta é sim. Mas vamos esmiuçar isso mais em detalhes.
Em um documento de introdução do chip M1 (o primeiro Apple Silicon a equipar os Macs), a Apple definiu a memória unificada dos Macs da seguinte maneira:
O chip M1 […] apresenta uma arquitetura de memória unificada com alta largura de banda e memória de baixa latência em uma única unidade dentro de um conjunto exclusivo. Com isso, todas as tecnologias no SoC têm acesso aos mesmos dados sem ter que copiar diversos conjuntos de memória, o que garante desempenho e eficiência ainda melhores.
Na prática, isso significa que a memória unificada do Mac está ligada diretamente ao processador (assim como em iPhones, por exemplo), o que possibilita que haja um desempenho ainda melhor que em computadores com processadores como os da Intel — mesmo naqueles casos em que ela seja considerada “pouca”, como 8GB.
Com isso, a velocidade acaba também sendo bastante superior — no M2, por exemplo, são 100GB/s de largura de banda da memória, enquanto que no M2 Ultra esse número chega a 800GB/s!
A RAM tradicional, por outro lado, fica separada da CPU2Central processing unit, ou unidade central de processamento. e da GPU3Graphics processing unit, ou unidade de processamento gráfico. do processador, causando mais interrupções nesse processo de troca de informação e fazendo com que tudo fique um pouco mais lento.
Há desvantagens na memória unificada?
Apesar de todos esses benefícios, a memória integrada junto ao SoC4System on a chip, ou sistema em um chip. também possui algumas desvantagens.
A principal delas (que já é conhecida por usuários da Apple há vários anos, vale notar) é que não é possível fazer upgrades na quantidade de memória, ou seja: você precisa decidir quanto vai precisar no ato da compra do Mac, sendo impossível depois comprar mais pentes de memória e transformar um MacBook Air de 8GB em um de 16GB, por exemplo.
Sendo assim, isso precisa ser feito no momento da compra do produto. E esse upgrade de memória unificada não costuma sair barato: no site brasileiro da Apple — e usando o MacBook Air de 13″ com chip M2 como exemplo —, a atualização de 8GB para 16GB custa R$2 mil; para 24GB, são nada mais nada menos que R$4 mil.
Preço parcelado: a partir de R$23.999,00 em até 12x
Cores: preto-espacial, cinza-espacial ou prateado
Chips: M3 (CPU de 8 núcleos; GPU de 10 núcleos), M3 Pro (CPU de 11 ou 12 núcleos; GPU de 14 ou 18 núcleos) ou M3 Max (CPU de 14 ou 16 núcleos; GPU de 30 ou 40 núcleos)
Memória: 8GB, 18GB, 36GB, 48GB, 64GB, 96GB ou 128GB
Armazenamento: 512GB, 1TB, 2TB, 4TB ou 8TB
Adaptador de energia: 70W, 96W ou 140W
Preço parcelado: a partir de R$10.999,00 em até 12x
Cores: meia-noite, estelar, cinza-espacial ou prateado
Chip: M2 (CPU de 8 núcleos; GPU de 8 ou 10 núcleos) ou M3 (CPU de 8 núcleos; GPU de 8 ou 10 núcleos)
Memória: 8GB, 16GB ou 24GB
Armazenamento: 256GB, 512GB, 1TB ou 2TB
Adaptador de energia: 30W, 35W (duas portas) ou 70W
NOTA DE TRANSPARÊNCIA: O MacMagazine recebe uma pequena comissão sobre vendas concluídas por meio de links deste post, mas você, como consumidor, não paga nada mais pelos produtos comprando pelos nossos links de afiliado.
via MakeUseOf, AppleInsider
Notas de rodapé
- 1Random access memory, ou memória de acesso aleatório.
- 2Central processing unit, ou unidade central de processamento.
- 3Graphics processing unit, ou unidade de processamento gráfico.
- 4System on a chip, ou sistema em um chip.
