Parece que as coisas não vão muito bem entre as estantes virtuais da iBookstore. O primeiro sinal evidente é um traço das atitudes da Apple: se algo vai bem, ela festeja abertamente; se algo vai mal, ela se cala. Por acaso alguém sabe de números oficiais das vendas do antigo Apple TV? Não? É porque ele vendeu mal.
Outro que parece não estar bem das pernas é a loja de ebooks, mas é quase fácil demais de entender o motivo: David Winograd, do TUAW, listou bem alguns dos problemas que a iBookstore enfrenta. Escassez de conteúdo, falta de nomes grandes no mercado editorial, como a Random House, um sistema de busca/interação pobre e até buracos em séries de livros prejudicam o usuário que deseja ler em iPads, iPhones ou iPods touch.
Notou como faltou falar “Mac”? Pois é, esse é mais um problema, muito bem apontado por Michael W. Perry, autor de Untangling Tolkien, em um artigo de opinião sobre o iBooks, republicado pelo Teleread. Já para autores, outro problema sabota o sucesso da livraria da Apple: diante do domínio que a Amazon.com tem sobre o mercado de livros eletrônicos, nem chega a valer a pena criar uma versão ePub especialmente para o iBooks — acaba sendo bem mais rentável cuidar do formato proprietário do Kindle e deixar que um serviço como o Smashwords providencie a compatibilidade com o resto.
A não ser que a próxima versão do iLife traga o iBooks como um aplicativo de leitura no Mac OS X, acho complicado que muito disso mude rapidamente. Infelizmente, os números não estão a favor da Apple, mas o Apple TV é prova de que ela não desiste fácil de um mercado. E você, o que acha do iBooks e da loja de livros da Maçã? Será que ela tem jeito?