Antes do lançamento do iPad de terceira geração, muito se falou da tecnologia IGZO da Sharp, forte candidata para equipar as tablets da Apple.
Se você não conhece a tecnologia, aqui vai uma breve explicação: todo visor LCD tem um certo número de pixels, os quais devem ser ligados a transistores de modo que eles possam ser controlados. Contudo, os transistores ficam exatamente entre os pixels e o painel de iluminação. Resultado? Eles obstruem a luz. Para compensar essa perda, é preciso emitir ainda mais luz, o que influencia diretamente no consumo de bateria. A tecnologia IGZO muda exatamente isso, pois permite mais passagem de luz através da camada de transistor, resultando em economia.
Pegando o novo iPad como exemplo, sua tela Retina *não* utiliza a tecnologia IGZO, por isso, a Apple foi obrigada a colocar duas barras de LED para iluminá-la. Para alimentar isso tudo e manter as mesmas 10 horas de uso, a bateria do gadget teve um aumento de 70% em sua capacidade!
Com isso em mente, Dr. Raymond Soneria, presidente da DisplayMate, resolveu analisar a tela do novo MacBook Pro (Retina). Para a sua surpresa, a Apple aumentou “apenas” 23% a capacidade de sua bateria, mantendo as mesmas 7 horas de uso. Bastou isso para ele acreditar que a Maçã está utilizando a nova tecnologia da Sharp em seu novo notebook.
Obviamente outros fatores os quais colaboram para um menor consumo da máquina, como o novo chip Ivy Bridge, a memória flash, entre outras coisas, precisam ser levados em consideração. Mas sem dúvida as contas levam a crer que a Apple fez alguma mágica nesse display. Vale lembrar que tudo indica que a tecnologia da Sharp está pronta, mas não para uma produção grande o suficiente, por exemplo, para atender iPhones ou iPads. Já um MacBook Pro não vende essa quantidade toda (comparando com iGadgets, é claro), então é perfeitamente possível que a Apple esteja testando/introduzindo a tecnologia aos poucos.
[via Cult of Mac]