O artista Michael Tompert, ex-empregado da Apple, exibe em sua mais recente exposição fotografias de produtos da Maçã completamente destruídos. Segundo ele, o objetivo desse trabalho é nos fazer pensar sobre nossa obsessão com os gadgets desenhados pela empresa de Cupertino. As imagens foram produzidas em parceria com o fotógrafo Paul Fairchild.
“É um ponto de vista alternativo”, disse Tompert. “Eles são bonitos por dentro. Eles são bonitos quando você os abre.” (Eles são mais bonitos ainda quando a iFixit os abre — e os fecha depois, sãos e salvos.) A ideia para essa exposição teria surgido quando os dois filhos de Tompert estavam brigando por causa de iPods touch. Quase como um Rei Salomão moderno, Tompert estraçalhou um dos gadgets na frente dos garotos, com o obejtivo de mostrar para eles que era apenas uma coisa boba.
“De primeira, você pode pensar ‘Oh, não, o que foi que ele fez?’ Mas é só a droga de um produto. Vai ficar obsoleto em um ano”, reza a lógica do artista. Só que, apesar de um produto da Apple como o iPod realmente deixar de ser vendido em um ano depois de seu lançamento, está longe de ser verdade que ele se torne inútil. Será que destruí-lo é realmente a melhor forma de expor sua natureza superficial?
Apesar de as imagens serem de alta qualidade, é meio preocupante pensar que o senso estético de alguém seja alimentado pela destruição e pelo desperdício a ponto de render uma mostra de arte como essa. As 12 fotografias serão exibidas hoje à noite, na Live Worms Gallery em San Francisco (Califórnia, EUA) — adequadamente, o nome da mostra é “12LVE” (“twelve”, “doze” estilizado).
Eu gostaria muito de ser informado que parte da renda vai ser destinada a algum projeto de musicoterapia ou de fornecimento de computadores para estudantes de baixa renda. :-/