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Google Pixel Tablet: concorrente para o iPad?

Google Pixel Tablet

Desde o lançamento do iPhone, a Apple vem lançando novas versões do seu smartphone, mas as concorrentes também não ficaram para trás. Tirando de lado as paixões pelo iOS ou pelo Android, podemos dizer que existem hoje no mercado aparelhos tão bons (e tão caros) quanto os famosos gadgets apresentados ao mundo originalmente por Steve Jobs.

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Quando falamos de tablets (e de computadores também, mas esse é assunto para outro post), a história é diferente. A qualidade do iPad é muito difícil de ser superada, o que garantiu à Apple a liderança desse mercado. Eu gosto de, vez por outra, testar aparelhos diferentes para avaliar a usabilidade e compará-los com os da Apple. Cerca de três anos atrás, passei um tempo com um Surface (da Microsoft) e, embora o aparelho em si fosse interessante, o fator Windows se tornou um grande impeditivo para a produtividade do aparelho.

Recentemente, o Google lançou um novo tablet no mercado. Um aparelho renovado e muito mais parecido com um iPad que suas versões anteriores. Eu resolvi testar esse dispositivo e compartilharei com vocês as minhas conclusões.

Primeiras impressões

A versão adquirida foi a de 128GB de armazenamento, de 11 polegadas. À primeira vista, o tablet é muito bonito e lembra muito um iPad. Bordas suaves, extremamente leve e confortável de pegar com um brilho interessante na tela.

De cara, um item inovador: um carregador com alto-falante, onde o tablet é anexado por ímã e recarrega ao mesmo tempo em que pode tocar música ou reproduzir vídeos. Quando nesse dock, o tablet lembra muito os aparelhos Nest (também do Google), com telas para uso como assistente pessoal — o tablet, inclusive, pode fazer essa função e em alguns casos tem sido comparado como opção para gerir casas inteligentes (embora o preço seja bem diferente).

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Ao usar o dock na expectativa de analisar a qualidade do som, temos a primeira decepção: ele é bem fraco — aliás, pouco acréscimo em relação ao som do próprio tablet sozinho. 😢

Ao terminar de abrir a caixa, uma constatação interessante e frustrante: o único carregador disponível é o dock em si, sem um outro cabo ou carregador para ser usado fora de casa. Você pode comprar a versão com dock ou sem dock, mas eu imaginava que em ambas, teríamos pelo menos um cabo USB-C, a porta de conexão usada no Pixel.

Usabilidade

O Google Pixel Tablet é, sem dúvida, o Android mais rápido que eu já testei. A tela sensível ao toque tem resposta rápida e se movimenta de maneira agradável; os aplicativos funcionam de maneira muito responsiva. Em apps de uso comum e simples, como YouTube, Instagram, Chrome, etc. a experiência é muito boa e, por alguns momentos, se equipara ao uso do iPad.

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Outra vantagem do Pixel: você pode ter múltiplos usuários (um item que faz muita falta no iPad) e entra automaticamente com sua conta Google, o que torna a configuração bem mais fácil.

A bateria é muito boa. O Google promete 11 horas de uso e realmente cumpre! Quando deixado em stand by, ele economiza muito a bateria — diferente do iPad, que acaba tendo um consumo considerável.

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O acabamento clean, leve e suave faz com que o uso do tablet para consumo de conteúdo seja muito confortável, especialmente para leitura, vídeos e jogos. 

Trabalho e produção de conteúdo

Quando saímos do consumo para a produção de conteúdo, as coisas mudam um pouco. Embora o Pixel funcione com um teclado Bluetooth, não é tão ágil trabalhar com ele. É possível baixar o pacote Microsoft 365 nele, mas fica um pouco lento. Os recursos do Google (Documentos, Planilhas e Apresentações) funcionam melhor, desde que esteja conectado à internet — seu uso offline é um pouco limitado. Para quem gosta de escrever à mão, faz falta um recurso similar ao Apple Pencil voltado diretamente a ele. 

Outra limitação desse tablet é a impossibilidade de conectá-lo a um monitor. Essa foi uma funcionalidade que demorou bastante para chegar aos iPads e atualmente está disponível apenas nos modelos com chip M1 (minimamente), mas foi um grande avanço para o uso profissional do gadget. A possibilidade de ter um tablet leve para carregar e conectar a um monitor no escritório ou no home office potencializa muito sua usabilidade e faz falta no Pixel.

Uma especificação muito bem-vinda no modelo, e que chegou aos iPads de 10ª geração, é a câmera frontal posicionada na lateral e não na parte superior, facilitando muito o uso para reuniões em videochamadas. Porém, após algumas horas de trabalho, fica evidente que o Google não pensou no seu tablet como uma ferramenta profissional, mas para uso de entretenimento e consumo. 

Concorrência com o iPad

Por suas características técnicas e faixa de preço, o Pixel está longe de ser um concorrente do iPad Air ou do Pro — e não parece mesmo ser essa a intenção do Google. Mas, ao se considerar o iPad de 10ª geração, ele se torna uma opção bastante viável.

Veja na tabela abaixo as comparações entre eles:

RecursosGoogle Pixel TabletiPad de 10ª geração
Tela11 polegadas10,9 polegadas
Opções de cores35
ConectividadeWi-FiWi-Fi e Wi-Fi + Cellular
Resolução da tela2560×1600 pixels2360×1640 pixels 
Câmera frontal1080p (Full HD)1080p (Full HD)
Duração da bateria11 horas10 horas
Opções de armazenamento128GB e 256GB64GB e 256GB
Preços (em dólares)a partir de US$499a partir de US$449
O Google Pixel Tablet está indisponível para compra no Brasil (pelo menos de forma oficial, na loja do Google); no Brasil, o iPad de 10ª geração custa a partir de R$4.999.

Como podemos ver, os dois gadgets estão muito próximos em termos de características técnicas mais importantes de usabilidade. Destaque para as opções de armazenagem do Google, que são mais interessantes, sem extremos tão gritantes como do iPad — o que se reflete nos valores, também.

Conclusão

Se você está procurando um tablet apenas para consumo de conteúdo e não necessita estar no ecossistema da Apple (para uma criança ou adolescente, por exemplo, uso em lojas, etc.), o Google Pixel Tablet pode ser a melhor opção! Prático, leve e com preço convidativo, ele atende bem a funções básicas com qualidade e conforto.

O aparelho não é focado no público profissional, por isso não traz funcionalidades mais robustas. Para quem já utiliza outros gadgets da Apple e faz uso da sua integração e do iCloud, o iPad de 10ª geração continua sendo a melhor opção.


Comprar iPad (10ª geração) de Apple Preço à vista: a partir de R$4.499,10
Preço parcelado: a partir de R$4.999,00 em até 12x
Cores: azul, rosa, amarelo ou prateado
Capacidades: 64GB ou 256GB
Conectividade: Wi-Fi ou Wi-Fi + Cellular

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