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Dica de leitura: entrevista de Steve Jobs para a Playboy, em 1985

Entrevista de Steve Jobs para a Playboy

Sim, senhor: vamos recomendar um link para o Playboy.com só para você ler uma entrevista. Mas que entrevista! Em 1985, pouco antes de ser convidado a se retirar da Apple, Steve Jobs apareceu nas páginas da revista das coelhinhas em uma extensa entrevista falando sobre os computadores da época e os desafios que enfrentava na companhia que fundou.

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Entrevista de Steve Jobs para a Playboy

Para nossa felicidade, a revista decidiu republicar esse fantástico texto integralmente e ele está disponível para todos que quiserem conhecer mais um pouco o que se passava na cabeça de El Joboso um ano depois de ele revolucionar o mundo da computação pessoal com o Macintosh.

Uma parte interessantíssima, porém, vamos trazer numa bandeja. Veja só como Jobs explicou para David Sheff, o entrevistador, o que é um computador (o melhor é que essa explicação continua absolutamente válida 25 anos depois):

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Os computadores são muito simples, na verdade. Nós estamos aqui, sentados em um banco neste café [para esta parte da entrevista]. Vamos supor que você consegue entender apenas o mais rudimentar dos comandos e perguntou como chegar ao banheiro. Eu teria que usar instruções muito específicas e precisas para responder. Eu poderia dizer: “Mova-se lateralmente dois metros para fora do banco. Fique ereto. Levante o pé esquerdo. Dobre o joelho esquerdo até que sua coxa fique horizontal. Estenda o pé esquerdo e desloque seu peso 300 centímetros para a frente…” e assim por diante. Se você pudesse interpretar todas essas instruções 100 vezes mais rápido do que qualquer outra pessoa neste café, ia parecer algo mágico: você poderia correr, pegar um milk shake e trazê-lo de volta, pondo-o sobre a mesa, tudo num estalar os dedos, e eu ia pensar que você fez o milk shake aparecer do nada, pois foi rápido demais em relação à minha percepção. É exatamente isso o que um computador faz. Ele pega essas instruções de natureza muito, muito simples — “Vá buscar um número, adicione-o a este número, coloque o resultado ali, veja se é superior a este outro número” —, mas as executa a uma taxa de, digamos, um milhão por segundo. Obtidos no ritmo de um milhão por segundo, os resultados aparecem como que por mágica.

Essa é uma explicação simples, e eu quero dizer que as pessoas realmente não precisam entender como os computadores funcionam. A maioria das pessoas não tem noção de como funciona uma transmissão automática, mas ainda assim elas sabem como conduzir um carro. Você não tem que estudar Física para entender as leis do movimento que regem um carro. Você não precisa entender nada disso para usar o Macintosh — e ainda assim você perguntou [risos].

Essa forma de encarar a computação é, a meu ver, uma aplicação da conhecida frase “estar sobre os ombros de gigantes”.

Bem, não perca tempo: além da entrevista em si, há uma introdução fantástica que descreve a situação da Apple Computer há um quarto de século: é uma oportunidade única de ver a origem de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo.

[via Fortune Tech]

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