Mais um dia, mais um processo para o departamento jurídico de Cupertino. Desta vez, ele vem diretamente da Parus Holdings, empresa americana que afirma ter patentes infringidas pela Apple com a Siri — mais especificamente, em relação a tecnologias de reconhecimento de voz.
Registrado na última segunda-feira, na Corte Distrital do Oeste do Texas, o processo da Parus diz respeito a duas patentes registradas pela firma com quase dez anos de distância entre elas — a primeira, de 2006, descreve dispositivos acionados pela voz e respostas inteligentes geradas por esses dispositivos; a segunda, de 2016, parece ser uma espécie de refinamento da primeira, descrevendo fontes de informação em bases de dados de onde esses sistemas de reconhecimento de voz retiram seus recursos.
Todos os produtos da Apple com acesso à Siri, incluindo iPhones, iPads, MacBooks recentes, o iMac Pro, o CarPlay e os “Apple iWatches” (sic — é assim que está escrito no processo), estão incluídos na ação. A Parus afirma que todos os aparelhos e serviços com tecnologias de reconhecimento de voz violam suas patentes e que a Maçã tinha conhecimento da propriedade intelectual da empresa, ignorando-as e usando suas invenções irregularmente.
A Parus dá alguns sinais de que é uma “patent troll”, mas não totalmente: a empresa vende sistemas de comunicação a empresas desde 1997, mas não parece ter atuação forte no mercado, tem seu endereço num prédio com escritórios de múltiplas empresas e mantém um site genérico com imagens de bancos de fotos. Ou seja, não é possível dizer que estamos falando de uma companhia totalmente dedicada a extrair dinheiro de outras empresas em processos.
A Apple, como de costume, não comentou o caso.
via AppleInsider