O melhor pedaço da Maçã.

Uma das melhores formas de fazer seu nome pode ser o “Sistema 0800”

Ok, então você quer ser autor de livros ou viver de música. Como perseverar num mundo em que talento não é tudo? Um iniciante conseguiria destacar-se entre nomes de peso como Dan Brown, Paulo Coelho, Lady Gaga e Coldplay, se fazendo ouvir em meio à multidão? A resposta é “sim”, graças ao modelo de distribuição gratuita de bens digitais que a iTunes Store usa há um bom tempo e que a Amazon.com também implementou no Kindle.

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Papel custa caro, mas bits… haha!

Este artigo do NYTimes.com é fabuloso ao expor o quanto editoras podem lucrar _dando_ livros. Hoje vivemos num mundo em que bens tecnicamente são feitos de 1s e 0s — meras configurações eletrônicas que podem circular e se multiplicar ad infinitum a um custo virtualmente nulo. Mas como pode alguém lucrar sem cobrar nada? O raciocínio é simples.

Suponha que você escreveu um livro e que ele é arrebatador, excelente a ponto de uma editora apostar firmemente em você. Ok, aí uma editora vai imprimir um milhão de cópias e distribuir pelo país… duh, claro que não. Quem é você? Qual a garantia de que o investimento em papel, tinta, gasolina e armazenamento vai render? Olhe que nem coloquei custos de propaganda! Seu livro provavelmente viraria comida de traças numa prateleira, enquanto O Símbolo Perdido vende feito água em Atacama.

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Aí onde entram a tecnologia e o 0800: imprimir um livro é um porre, mas disponibilizar uma versão digital, hoje em dia, é coisa que qualquer criança de dez anos consegue fazer. Pra uma gigante como a Amazon.com, então, nem se fala. Daí, você, jovem autor promissor, pode simplesmente ver seu nome cair na boca da galera pelo simples fato de seu livro ter sido “vendido” durante uma semana por US$0,00 na Kindle Store. Você lucra (pois seu nome agora significa algo), lucram os leitores (que agora conhecem mais um grande escritor), lucram a Amazon.com e a editora (pois um autor que era um Zé Ninguém agora está na lista de mais vendidos, ao lado de Dan Brown).

Dar um produto digital pode ser ridiculamente barato e representar um investimento com retorno rápido: basta saber em quem apostar. Exemplos? Eu tenho dois entre as músicas da iTunes Store: “Fireflies”, da Owl City, foi um Single of the Week e hoje é vendida por US$1,30, o preço das faixas de maior sucesso, depois de ter passado um bom tempo como single mais vendido (sem falar que tá bombando no TTR3); a Ke$ha teve um Music Video of the Week e agora está entre os mais vendidos singles (3ª posição) e álbuns (5ª posição). O artigo do NYTimes.com tem exemplos bem interessantes do mundo literário: vale a pena conferi-los. Há muitas dinâmicas em jogo, claro, mas eu não tenho dúvida de que dar uma oportunidade para o buzz começar é uma forma fácil, barata e rápida de alavancar o sucesso de um artista desconhecido.

O primeiro passo é dizer “Estou aqui!”; depois, a qualidade do seu trabalho faz o resto.

P.S.: quem tiver baixado o audiobook FREE: The Future of a radical price, quando ele estava disponível gratuitamente, já deve ter se aprofundado neste tema tão interessante. Se você ainda não o tiver, seja em formato físico ou digital, eu recomendo a leitura! Ele está disponível no Submarino.com.br por (ironicamente) R$41,80.

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