A gente às vezes brinca aqui no site com posts da série “Chama o jurídico!”, mas neste caso nem foi preciso isso: uma simples página sem muitas explicações (pra quê, né?) foi postada online, divulgada via Twitter, e a comunidade tratou de fazer o seu papel de detonar o malfeitor.
À esquerda você vê o Reeder para iPad, lançado em junho de 2010; à direita, a versão 3.0 do MobileRSS HD, liberada há dois dias na App Store.
Precisa dizer mais alguma coisa? E isso é só um pedacinho da lista completa… o Reeder foi descaradamente chupado pelo MobileRSS, dos pés à cabeça. A indignação foi tanta que os responsáveis pelo Read It Later até desabilitaram a sua API temporariamente, mas depois voltaram atrás para não prejudicar usuários que nada têm a ver com isso. O MobileRSS também foi removido da página “Instapaper Extras”, do desenvolvedor Marco Arment.
Não há nada de errado em se inspirar em algum projeto bem feito ou puxar elementos bacanas para o seu app — como o famoso “pull-to-refresh” idealizado por Loren Britcher no Tweetie, hoje utilizado por um sem-número de apps —, mas o que os caras do MobileRSS fizeram passou qualquer limite do que é aceitável. O que eles estavam pensando, que ninguém ia notar?! E o Reeder foi todo criado por uma única pessoa, o Silvio Rizzi; imaginem o descontentamento dele.
Hoje pela manhã, os desenvolvedores do MobileRSS afirmaram que enviarão um update para o app “imediatamente” [ok, nem tanto assim, pois o iTunes Connect está entrando em recesso até o dia 28] que removerá as cópias mais óbvias do Reeder.
Nós respeitamos o trabalho que o Reeder fez, mas estamos mais preocupados em servir usuários e aprimorar o MobileRSS para todos. Esses aprimoramentos incluem ideias pioneiras do Reeder, mas nós temos recursos e outras novidades futuras que são únicas do nosso app, e não encontradas em outros leitores de RSS.
Eu li errado ou eles meio que disseram que, para o bem dos usuários, vale tudo? Também não explicaram nada o porquê dessa chupada toda. Sinceramente…
O Reeder para iPad — e fazemos questão de só colocar o link dele, neste post — requer o iOS 3.2 ou superior e custa US$5 na App Store [2,4MB].
[via TNW, TechCrunch]