A corrida armamentista dos desenvolvedores de software e dos piratas continua a todo vapor, pelo visto. Ontem a Mac App Store abriu suas portas oferecendo para criadores de software um sistema de validação Designed in Cupertino, algo que lhes daria a o conforto de não precisar lutar contra a pirataria — por sinal, esse foi um dos motivos para o Pixelmator ter se tornado exclusividade da loja da Maçã.
Só que, aparentemente, alguns cuidados ainda são necessários da parte dos desenvolvedores: um post anônimo no Pastebin.com descreve um método relativamente simples de driblar o sistema de validação da Mac App Store. Ele envolve conseguir uma imagem do app que se deseja piratear, códigos de um aplicativo (mesmo que gratuito) baixado legalmente da loja e um quase nenhum conhecimento técnico (ou ética).
Segundo John Gruber, porém, esse método só é efetivo em aplicativos cujos desenvolvedores não fizeram o dever de casa: o sistema de validação aconselhado oficialmente pela Apple não é suscetível a esse tipo de manobra, de forma que a grande brecha de segurança acabou ficando entre a cadeira e o teclado, pra variar.
Logo, logo, é capaz de isso entrar na lista de itens necessários para um aplicativo ser aprovado na Mac App Store, afinal de contas, cada app pirateado é 70% de prejuízo para o desenvolvedor e 30% para a Maçã.
Enquanto isso, de acordo com o Gizmodo, um grupo de hackers teria desenvolvido um software chamado Kickback, que supostamente seria capaz de piratear qualquer aplicativo da loja da Maçã. Os responsáveis por ele teriam planos de liberá-lo apenas quando a Mac App Store tiver uma grande quantidade de aplicativos ruins (mais ainda), permitindo assim que os usuários tenham uma forma de testar os softwares antes de comprá-los (a-ham…).
O fato é que, como eu disse no começo do post, isto é uma corrida armamentista: quanto mais a Apple criar formas de impedir a pirataria, mais os hackers vão se esforçar para encontrar brechas e quase sempre eles vão conseguir. Resta aos desenvolvedores esperar que os métodos de copiar aplicativos ilegalmente acabem sendo tão complexos e tortuosos que, assim como aconteceu com as músicas, os consumidores comuns não tenham paciência de ir atrás da versão “gratuita”, preferindo pagar pela comodidade e praticidade do aplicativo original.
Como dizem, a única coisa que pode concorrer com “grátis” é “fácil”.