Com o anúncio recente de que a App Store se aproxima de seu 10.000.000.000º download (haja zeros!), Horace Dediu, do asymco, aproveitou para traçar um paralelo com a iTunes Music Store e descobriu que a loja de apps levou menos da metade do tempo para atingir esse marco.
Foram necessários 67 meses para essa quantidade de músicas ser alcançada, contra 31 meses para os apps. Só que essa comparação é inválida, já que somente algumas poucas canções podem ser baixadas gratuitamente, enquanto a maior parte dos downloads de apps é feita sem custo para o usuário.
Só que uma segunda descoberta foi muito mais interessante e significativa: o gráfico abaixo mostra a quantidade de apps para cada iGadget vendido. Como é possível ver facilmente, esse número só cresce, e atualmente está passando dos 60 apps para cada iPad, iPhone ou iPod touch — se bem que na realidade deve haver bem mais apps, já que nem todos os gadgets que já foram vendidos devem estar em uso hoje.
A importância dessa relação de apps/gadgets vendidos está no fato de que quanto mais uma pessoa investe em apps para uma plataforma, maiores são os custos para mudar. É como se você comprasse vários aplicativos ou jogos para Windows e fosse mudar para o Mac OS X. E, mesmo que uma pessoa só baixe apps gratuitos, o tempo para encontrar equivalentes em outras plataformas pode desencorajar uma migração.
Atualização (17/1 às 10h50)
Ainda na comparação entre músicas e apps, Horace Dediu colocou as estimativas de receitas mensais e de repasses da Apple para criadores de conteúdo (gravadoras e desenvolvedores) de forma a ter uma noção melhor dos dois mercados.
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Observando a tendência que estes gráficos apontam, Dediu conclui que o mercado de apps tem tudo para fazer com as vendas de jogos em mídias físicas a mesma coisa que o download de músicas fez com os CDs. Isso pode não acontecer agora, já que as vendas de apps geram US$300 milhões por mês, enquanto jogos físicos geram US$840 milhões mensais, mas com o tempo a inclinação da reta no gráfico acima vai garantir que esse valor seja ultrapassado.
Afinal de contas, as receitas com vendas de jogos em discos e afins (para consoles, portáteis ou PCs) estão em queda, segundo dados do NPD.