Ontem a Sony revelou seus planos para 2011 em termos de plataformas e gadgets, mas, apesar da tremenda força bruta do NGP, nada apresentado lá foi exatamente embasbacante — bem diferente do que costuma acontecer com lançamentos da Apple.
Só que nem sempre foi assim: houve um tempo em que os japoneses da Sony eram responsáveis pelos produtos mais impressionantes do mundo, só que a empresa de Steve Jobs de alguma forma conseguiu roubar esse papel.
Foi investigando a origem disso que Jeff Yang, do San Francisco Chronicle, escreveu um artigo fantástico traçando um paralelo da Sony revolucionária com a Apple de hoje, começando pela filosofia por trás do design e da gerência de ambas as empresas e terminando pela decadência da linha de produtos da gigante japonesa, enquanto o iPhone toma conta do mercado nipônico.
São tantas informações interessantes que fica difícil saber por onde começar, mas destacamos este parágrafo, que sintetiza a ideia central do texto:
A conquista bem-sucedida do território da Sony pela Apple pode ser vista como a evidência final de que a companhia de Cupertino é o que Alan Deutschmann
chama de “sucessora espiritual” da Sony. “Com Jobs, a Apple tem o tipo de paixão por design e inovação que a Sony tinha em seus áureos tempos”, disse. “Tudo o que ela faz é ‘a melhor coisa que já fizemos’, algo que vai ‘mais uma vez mudar o mundo’. E, recentemente, na maioria das vezes ela acerta.”Autor(a) convidado(a)
É uma leitura fantástica, que fala sobre o passado das duas companhias, da obsessão que Jobs tinha pelos produtos da Sony, da disciplina para dizer “não” e da filosofia zen Ma (間), que tem tudo a ver com o design Apple-like e que parece ter sido esquecida pela companhia japonesa.