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iTunes LP não está gerando a popularidade esperada por gravadoras

Lançado em setembro de 2009, o iTunes LP é uma iniciativa da Apple de voltar a estimular os usuários a comprar álbuns completos de artistas, oferecendo uma série de conteúdos extras (incluindo fotos, vídeos e letras de músicas) num formato interativo, baseado no WebKit. No princípio, a ideia foi apresentada de uma forma bastante animadora e interessante para os usuários; hoje, porém, seis meses depois de lançado, o impacto dele entre os que compram músicas assiduamente pela internet se mostra bem aquém do esperado.

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Segundo o GigaOM, que possui contatos em gravadoras parceiras da Apple, a opinião delas sobre o conteúdo extra fornecido em pacotes como o iTunes LP é de que o formato apenas atraiu os fãs mais fieis às bandas, devido ao material extra atrelado a ele. Porém, o interesse geral de quem aprecia músicas e gosta de incentivar os artistas pagando por elas não foi muito estimulado, até porque a oferta de LPs ainda é bem pequena.

Atualmente, há 29 LPs de artistas na iTunes Store, sendo uma grande parte deles oriunda do lançamento do recurso, há seis meses. Um kit especial para criação deles até foi fornecido pela Apple (com documentação e práticas de design), mas nada disso aparenta estimular a criação desses projetos especiais pois ela não se envolve na confecção deles, deixando que as ideias venham dos próprios artistas.

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Por outro lado, essa falta de interesse da Apple na criação de LPs pode ter outras causas. Com base em conversas com executivos de gravadoras, o GigaOM acredita que a empresa não tinha a intenção de oferecer esse tipo de conteúdo musical: os iTunes LPs teriam sido resultado de pressão da RIAA sobre a oferta de faixas sem DRM na iTunes Store — assim como uma maior flexibilidade nos preços. No entanto, essa afirmação chega a ser estranha, visto que estúdios de filmes estão reagindo bem melhor à criação de iTunes Extras para seus lançamentos sem nenhuma pressão de uma organização específica — nem mesmo do envolvimento direto da Apple.

Acredito que seja mais difícil para a Maçã oferecer incentivo a artistas e gravadoras na criação de conteúdos especiais com referência ao mercado musical, visto que o seu domínio nessa área já deve ser considerado “suficiente” para quem é parceiro da iTunes Music Store. Por outro lado, a Apple tem se demonstrado muito mais bem-sucedida na criação de ramificações para suas lojas virtuais e novos conteúdos fora do escopo musical, conforme aconteceu com o sistema de aluguel de filmes e com os iTunes Extras, por exemplo.

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