Há poucos dias, noticiamos aqui no site que uma escola particular dos Estados Unidos está passando a exigir que seus alunos levem iPads para as salas de aula. Unir tecnologia com educação é o lema do século, e de quebra dispositivos como o iPad acabam beneficiando alunos que antes tinham que carregar 5, 10 ou até 20 quilos de livros didáticos para cima e para baixo.
Isso também já está aterrissando no Brasil, apesar de os preços das tablets serem muito mais proibitivos para nós. Por isso mesmo, um cursinho pré-vestibular de Campinas decidiu entregar um iPad para cada aluno matriculado, a partir de março deste ano — segundo a Folha.com.
“O perfil do vestibular mudou. Não adianta apenas passar uma lista de exercícios para o aluno estudar. Ele tem que estar bem informado e a nova geração ainda não tem o hábito de ler jornal diariamente. Acreditamos que disponibilizar conteúdo e informação nas tecnologias que o aluno já usa será o grande diferencial”, afirma Ricardo Falco, diretor do Integral.
Ok, justificativa e iniciativa são válidas, mas veja um detalhe nessa história toda: a mensalidade desse cursinho aumentou 50% do ano passado pra cá; agora, são 12 parcelas de R$1.475. Falco diz que isso se deve principalmente à queda no número de alunos por sala de aula, mas fica difícil acreditar que o custo da tablet não já esteja sendo todo embutido no valor — até porque não houve nenhuma espécie de parceria especial com a Apple.
Embora afirme que o acesso a redes sociais e outros tipos de distrações serão bloqueados durante as aulas, Falco revela que o Integral digitalizou e converteu para PDF todas as apostilas do cursinho, que agora poderão ser visualizadas pela tela LCD do iPad. Sério que é só isso? Nenhuma interatividade, software dedicado à tablet, um uso bacana e diferenciado do que ele realmente oferece?
Fica a dúvida: bola dentro ou jogada de marketing furada? Vocês é quem dizem.
[obrigado a todos que nos enviaram esta dica!]