App Store e Google Play travam, já há algum tempo, uma batalha ferrenha para ver quem se sobressai no mundo das lojas de aplicativos — e cada um tem as suas armas: a loja do Google tem um universo maior de aplicativos e usuários, enquanto a da Apple tem adeptos com maior disposição em gastar dinheiro. Essa dicotomia se perpetua a cada nova pesquisa realizada e continua a se reproduzir, segundo os dados mais recentes da Sensor Tower.
Levando em conta o primeiro semestre de 2018, as duas lojas combinadas geraram uma receita de US$34,4 bilhões, o que é uma boa notícia para todo mundo — comparando a quantia com aquela gerada no mesmo período no ano passado, é possível observar um crescimento saudável de 27,8%. Analisando as lojas separadamente, a App Store continua com uma receita quase duas vezes maior que a do Google Play, gerando US$22,6 bilhões na primeira metade desse ano.
Uma tendência, entretanto, deve ser observada: enquanto a receita da App Store cresceu 26,8% na comparação ano a ano, esse salto foi de 29,7% do lado do Google — ou seja, o ritmo por lá está ligeiramente maior. Não que isso deva ser uma fonte de preocupação para a Apple, naturalmente.
Analisando somente jogos, a vantagem da App Store ainda é evidente, porém menor: no primeiro semestre de 2018, a loja da Apple gerou uma receita de US$16,3 bilhões contra US$10,3 bilhões no Google Play. O crescimento da loja do Google, entretanto, também superou bastante o da sua concorrente: foi um salto de 26% na comparação ano a ano, contra 15,1% no lado da Maçã.
Em termos de downloads absolutos, obviamente, a App Store come poeira — tanto em apps como em jogos. O Google Play tem números aproximadamente 3x maiores que os da Maçã em ambos os cenários, embora a loja de Cupertino esteja vendo seu número de apps baixados crescer num ritmo levemente superior.
É de se notar, portanto, que o padrão de gastos dos usuários da App Store é realmente muito maior que o dos adeptos do Google Play — afinal, mesmo baixando 3x menos aplicativos, eles gastam 2x mais com os que elegem instalar. A Sensor Tower justificou esse desequilíbrio com a presença da loja da Apple na China (a do Google não existe por lá) e com a popularidade dos apps baseados em assinaturas (como o Netflix, o Spotify, o Pandora e o Tinder) na App Store.
Será que o paradigma há de se manter por mais muito tempo?
via TechCrunch