Falando em um almoço organizado pelo Comitê de Desenvolvimento Econômico da Austrália, Craig Mundie, chefe de pesquisa e diretor de estratégia global da Microsoft, falou um pouco sobre as diferenças do mercado de computação móvel e portátil.
Segundo o Sydney Morning Herald, Mundie explicou que “móvel é algo que você usa em movimento, enquanto portátil é algo que você usa depois de se mover”. Enquanto smartphones pertencem à primeira categoria e laptops, à segunda, tablets ficariam num limbo entre uma e outra. “Não sei se a categoria de tablets de tela grande vai continuar entre nós ou não”, disse o executivo, duvidando da longevidade da categoria e, ao mesmo tempo, meio que justificando a inércia de sua companhia.
Era uma vez um Ballmer segurando uma HP Slate e esbravejando que “O sistema operacional se chama Windows”. Agora, parece que tablets não passam de uma modinha. Eu preciso me apegar a La Fontaine para poder entender isso, mas acho que é oficial: a Microsoft perdeu o bonde da inovação quando o assunto é tablets e ela sabe disso, apesar de não querer admitir. 😛
Falando em fábulas, Mundie acredita numa evolução fantástica para smartphones e desktops: os gadgets de mão no futuro vão disparar feixes de luz diretamente na sua retina (será que vai ter app para cirurgia de miopia e catarata?), de forma que você vai ver uma HDTV na sua mão; os computadores de mesa vão se transformar em cômodos nos quais você entra, em vez de serem só um aparelho sobre a sua mobília. Eu só me pergunto quanto à segurança de um smartphone desses sendo usado em movimento e como vai ser pra entregarem esse tipo de desktop, se ele for posto à venda online. Isso tudo soa tão… Surface.
[via 9 to 5 Mac]