Lucy in the sky with diamonds!… Achou o título deste post muito nonsense e está lendo só pra tentar entender que loucura é essa? Bem vindo ao Além da Imaginação, pois aonde vamos, não precisaremos de bom senso — lembre de trazer ganância extra, porém.
Por onde começar? Pelo que veio primeiro, acho. Lembra que a Time Warner Cable tinha planos grandiosos para o iPad? Pois bem, eles se concretizaram: a companhia de TV a cabo e conexão à internet conseguiu lançar um app que permite a assinantes acompanharem a programação ao vivo dos canais que ela transmite, contudo só via Wi-Fi e na rede doméstica da Time Warner!
Mesmo com essas limitações draconianas (pra não dizer “escrotas”), que fazem do iPad um mero televisor portátil que fica inútil ao sair de casa, os estúdios responsáveis pelo conteúdo dos canais resolveram processar a companhia de TV a cabo, que agora está pedindo que os usuários a ajudem a manter o app no ar, pelo amor de Deus.
Enquanto isso, a Amazon.com festeja o lançamento do Cloud Drive, sistema de armazenamento de arquivos na nuvem que, convenientemente, permite streaming de músicas. Só que essa festa é regada a ameaças de gravadoras, que a acusam de ter violado licenças — e olha que nesse serviço são os usuários que enviam seus próprios arquivos para a nuvem; imagina se a Amazon disponibilizasse as faixas ela mesma… era o fim do mundo.

Daí chegamos à Apple, que parece estar sentada sobre uma infraestrutura cavalar que permitiria colocar na nuvem todas as músicas já compostas na história da humanidade. Pode parecer má vontade da Maçã, mas basta observar os dois exemplos acima para entender que gravadoras e estúdios ainda vivem na Idade das Trevas, em termos de tecnologia (copiar arquivos à mão é o sonho dourado delas), e que qualquer tentativa de as tirar do passado é encarada como um ato ofensivo e criminoso, indo parar nos tribunais.
Quem cutuca dinossauros acaba mordido: Time Warner e Amazon levaram dentadas; enquanto isso, a Apple dá valor ao próprio traseiro. E os usuários? São criminosos, até que se prove o contrário — pelo menos na visão das companhias produtoras de conteúdo, que investem mais em DRM do que em novos talentos.
Êta, vida maravilhosa!… :-/
[via MacRumors]