Se você reclamou das bordas largas do iPad ou então acha que elas podem dar lugar a uma tela de 4 polegadas no iPhone, talvez seja o caso de rever seus conceitos. Uma patente registrada pela Apple dá uma boa utilidade para a borda de um gadget, através do uso de indicadores laterais (“side indicators”) em um display secundário, independente da tela principal.
Esse display secundário não seria exatamente uma LCD adicional, mas segmentos eletroluminescentes impressos que acenderiam ou apagariam conforme a necessidade. Os indicadores laterais seriam ainda configuráveis com base na orientação do gadget, no app que estiver em uso e até na localização geográfica, podendo ainda ser desligados.
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Atualmente, todos os iGadgets usam LCDs, que são muito eficientes em ambientes relativamente sombreados, mas ficam inutilizáveis sob o sol. Displays de e-ink são mais interessantes neste tipo de situação, porém se limitam a exibir imagens em preto e branco e não servem para ver imagens em movimento. Não seria bom se desse para combinar ambas as tecnologias num gadget só?
É exatamente isso o que uma patente da Apple propõe: sobrepor uma camada de e-ink a um LCD e, assim, poder alternar o uso entre uma e outra controlando a orientação das microesferas de tinta. Assim, um iPhone com a bateria fraca (ou que esteja ao ar livre num dia ensolarado) poderia desligar a tela de cristal líquido e usar exclusivamente a e-ink. Soluções mistas poderiam ser aplicadas, como manter um quadrante da tela colorido e os demais ficarem em escala de cinza, a depender do conteúdo exibido neles.
Enfim, se esta patente se concretizar, as propagandas do Kindle vão ter um ponto a menos para atacar.
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O iPhone já é a câmera mais popular do mundo, mas, se depender desta patente, ele poderá ficar ainda mais eficiente para registrar fotos de qualidade. Este invento descreve um método para fazer o flash da câmera piscar de uma forma pré-determinada para aumentar a qualidade das imagens capturadas.
Uma das formas de melhorar fotografias tiradas com um flash estroboscópico é o uso de técnicas de deblur análogas ao que é empregado quando se abre e fecha o obturador de uma câmera repetidas vezes (“flutter shutter”). As informações sobre o tempo e a intensidade do flash durante a captura de uma dada imagem ficariam armazenadas com os demais metadados, podendo ser acessadas por softwares de edição.