Roland Borsky, austríaco de 52 anos, é dono do que ele acredita ser a maior coleção de Macs do mundo. E ela pode ir parar no lixão se ninguém tiver interesse nela, como informou a Reuters.
Tudo começou na década de 1980, quando Borsky passou a trabalhar numa loja de reparos para Macs em Viena. Ao mesmo tempo, iniciou-se sua coleção, composta basicamente de computadores que não tinham conserto e eram deixados lá pelos clientes — ou máquinas de uso pessoal do técnico em informática. As coisas foram crescendo, crescendo e crescendo mais um pouco ao longo das duas décadas seguintes e, hoje, Borsky tem cerca de 1.100(!) Macs de todas as eras em seu depósito, localizado nos arredores da capital austríaca.
Para se ter uma ideia de como o número é impressionante, o Museu da Apple (em Praga) — que se coloca como a maior coleção particular de produtos da Maçã do mundo — tem 472 itens entre Macs, computadores mais antigos e outros dispositivos lançados pela gigante de Cupertino.
A vida ia bem para Borsky até que uma concorrente impossível de se lutar contra chegou à Áustria: sim, a própria Apple. Com a abertura da primeira loja da empresa em Viena, no início do ano, o mercado de lojas de reparo para Macs entrou em plena decadência — o fato de os computadores da Maçã ficarem cada vez mais difíceis de serem reparados também não ajudou muito técnicos como Borsky. Com as finanças afundando, ele se viu obrigado a fechar sua oficina há alguns meses.
Agora, não há mais dinheiro para manter o depósito onde ele guarda sua coleção e as coisas podem ir pro brejo em pouco tempo: se Borsky não conseguir um comprador ou benfeitor em pouco tempo, todos os mais de mil Macs irão direto para o lixo. A ideia do colecionador é encontrar alguém com uma boa reserva no bolso que coloque os Macs em uma exibição permanente: “Eu ficaria feliz se eles simplesmente fossem expostos em qualquer lugar… para que as pessoas possam vê-los”, afirmou.
No seu caminho está o fato de que o interesse pela maioria das máquinas de Borsky não é alto. Colecionadores, participantes de leilões e afins têm predileção por computadores mais antigos da Apple, como os modelos Apple I ocasionalmente vendidos por centenas de milhares de dólares, mas os Macs dos anos 1980, 1990 e 2000 não são lá tão procurados por esse tipo de público.
Ainda assim, fica a esperança que a exposição pública da história do colecionador e o número impressionante de máquinas atraia a atenção de algum benfeitor que possa ajudar o austríaco na parada. Alguém aqui se habilita?
via MacRumors