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Intel abre fogo contra a ARM e detalha padrão “Ultrabook” de portáteis similares ao MacBook Air

Logo da Intel

Como esperado, a Intel revelou durante a Computex 2011 os seus planos de atuação do mercado de portáteis e dispositivos móveis para os próximos 12 meses, surpreendendo o público com ofertas de processadores que podem tirar a ARM e suas parceiras do centro das atenções — ao menos na teoria. As suas novas linhas Atom (codinomes MedfieldCedar Trail) trazem chips para netbooks e tablets que oferecem a eficiência energética necessária para esses aparelhos atingirem os atuais padrões de duração de bateria da Apple, além de outros recursos.

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A Intel trabalhou em seus laboratórios com uma série de modelos de tablets de peso inferior a 680 gramas e espessura inferior a um centímetro, rodando Android 3.0 e MeeGo. Os resultados são fantásticos — com os novos chips Atom Medfield, eles ficaram aproximadamente 10 horas ligados e atingiram semanas de standby, algo que só a Apple conseguiu realizar com sucesso usando chips da ARM. A performance geral desses aparelhos ainda precisa passar pelo crivo de críticos, mas, comparada com a atual geração de chips Atom, as coisas mudaram muito.

Para netbooks, os processadores Cedar Trail trarão diversas otimizações para proporcionar maior desempenho, rápida reinicialização e conectividade always-on com a internet. Ainda não se sabe muito sobre eles, mas aparentemente foram construídos para equipar os “Chromebooks”, portáteis que o Google pretende colocar à venda nos próximos dias rodando o seu novo sistema operacional desktop, o Chrome OS. Contudo, fabricantes prometeram modelos com Windows e MeeGo baseados na nova tecnologia, os quais chegarão ao mercado até o final do ano.

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Todo esse cuidado da Intel com netbooks e a plataforma Atom como um todo visa corresponder à atuação da ARM na venda de designs de processadores econômicos para handsets, mas as coisas não pararam por aí. A Chipzilla também propôs um novo padrão de portáteis convencionais conhecido como “Ultrabook”, o qual representa basicamente a evolução dos ultraleves que concorrem com o MacBook Air — entre eles, aliás, estão os novos produtos da ASUS que comentamos ainda ontem.

Um detalhe interessante dos Ultrabooks é que eles são baseados apenas na arquitetura Sandy Bridge, ou seja, a Apple poderá usar seus processadores como base para um futuro update destinado aos seus próprios ultraportáteis. Para o futuro, a Intel deseja que esses notebooks usem apenas tecnologias de ponta — entre elas estão os seus chips Ivy Bridge de 22 nanômetros com transistores tri-gate, Thunderbolt e USB 3.0, para que seus usuários aproveitem a força total de um sistema desktop com os melhores acessórios do mercado.

Os planos da Intel são ambiciosos, mas, caso sejam bem sucedidos, podem fazer o mercado esquecer por um tempo as possibilidades de um êxodo total das fabricantes de PCs (entre elas, a Apple) para o lado da ARM. Vale lembrar ainda que os processos de fabricação das duas empresas estão atualmente equiparados em 32 nanômetros, mas a Chipzilla promete chegar a 22 nanômetros em 2012 (contra 28, nas previsões da ARM) e 14 nanômetros em 2013, ou seja, a concorrência terá de trabalhar muito se quiser alcançar o ritmo de evolução das suas fábricas.

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