Esta patente da Apple me faz concordar com aquela frase que diz que “As soluções mais simples são as mais geniais”. Pense na seguinte possibilidade: você está passeando por um museu e decide tirar uma foto de um objeto em exposição. Ao apontar seu smartphone para um vaso, digamos, na própria interface da câmera poderia aparecer um botão para exibir mais informações sobre a história do povo que produziu tal cerâmica. Como possibilitar isso?
A primeira ideia que vem à mente é fazer o smartphone reconhecer o formato do vaso — algo à la Google Goggles, mas que demanda muito processamento. Outra forma de viabilizar algo do tipo é com NFC, só que você precisaria quase esfregar seu telefone no objeto. A Apple bolou um sistema que usa luz infravermelha. Genial!
Ao apontar sua câmera para algo de interesse, já haveria em posição um transmissor de pulsos infravermelhos liberando informações. Um iPhone seria capaz de captar esses dados e processá-los, resultando em uma implementação positiva, como a acima, ou até negativa. Um cinema poderia, por exemplo, evitar que as pessoas fizessem gravações de filmes; uma banda poderia proibir filmagens de um show ou, para ser menos antipática, poderia adicionar em tempo real uma marca d’água à gravação.
Mas vamos usar um pouco a imaginação: uma artista muito poderia usar brincos emissores que fariam as câmeras dos fãs pararem de funcionar apenas quando fossem apontadas para ela. Pessoas comuns preocupadas com a falta de privacidade dos dias atuais poderiam usar isso para evitar filmagens indesejadas. Ou então espiões seriam capazes de se esconder de olhares eletrônicos indiscretos.
Claro, para tudo isso acontecer, vai ser preciso mais que esta patente sair do papel: ela teria que se tornar praticamente um padrão da indústria de câmeras digitais. O que não é difícil, vale notar, já que há muitos tipos de locais que se beneficiariam grandemente com uma tecnologia dessas: boates, academias, clínicas médicas… as possibilidades são muitas.
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A Apple recentemente deu com a língua nos dentes sobre um serviço de direções aprimorado que estaria em desenvolvimento, mas até agora não havia nenhuma pista sobre o que seria isso. Bem, “até agora”: uma patente curiosa descreve um sistema de alarmes e alertas sensível a condições de tráfego que poderia muito bem ser o que a Maçã está preparando.
Com base em um histórico de tempos de viagem locais (coff! crowdsourced! coff!), um iPhone poderia estimar o tempo de chegada do usuário a um destino e, buscando compromissos salvos no calendário, ajustar a hora dos alertas de acordo com a situação do clima, das estradas, etc. Dessa forma, seu iPhone poderia acordar você mais cedo que o normal, caso ele notasse que está chovendo e o trânsito pode fazer você se atrasar pra uma entrevista de emprego.
Melhor que isso, só se ele fizesse ovos mexidos e café com torradas. 😛
[via Patently Apple, AppleInsider]