Eis os primeiros resultados da investigação sobre Apple Retail Stores falsas na China: de cinco lojas visitadas por autoridades locais, apenas duas foram fechadas. O mais engraçado é que, segundo a Reuters, a razão para isso foi os estabelecimentos não terem alvará — ou seja, eles seriam fechados mesmo se não estivessem explorando indevidamente uma marca alheia.
Isso me faz lembrar do Al Capone, que cometeu uma infinidade de crimes, mas foi pra cadeia por sonegação de impostos. 😛
O advogado do dono das três “Apple Stoers” que continuaram abertas afirmou, segundo a Bloomberg, que seu cliente estava “fazendo um favor” à Apple (afinal de contas, ele vendia produtos originais) e tem pleno direito de “investir em quantas lojas quiser”, contanto que não quebre a lei — imagino que, na cabeça dele, leis de proteção à propriedade intelectual sejam de mentirinha. Vale ressaltar que, mesmo na China, empresas são proibidas de copiar o “look and feel” de estabelecimentos de outras companhias.
Montar uma loja cheia de produtos da Maçã e com uma decoração similar à das lojas dela está longe de ser ilegal — pra falar a verdade, o visual de uma Retail Store é até fácil de copiar e o resultado geral é benéfico para os consumidores. O problema está é em explorar a marca da Apple sem autorização e querer se passar por lojas oficial.
Quer montar uma loja com decoração inspirada na de uma Retail Store? Fique à vontade! Só que você passa do limite no instante em que põe uma maçã mordida na fachada ou no uniforme dos funcionários. Adicionalmente, se a patente que a Apple quer registrar quanto à decoração de suas lojas for aprovada, pelo menos alguma diferença seu ponto vai precisar ter, para não acabar na ilegalidade. Fachada de alumínio e vidro combinada com móveis em tons claros de marrom serão verboten, de uso exclusivo da Maçã.
[via AppleInsider, TechCrunch]