O álbum Biophilia, da cantora Björk, tem dado o que falar por um bom motivo: a artista se propôs a usar o iPad de uma forma bastante experimental, tanto na forma de instrumento musical quanto como plataforma para oferecer uma experiência inédita a seus fãs. Eis que ele finalmente chegou à App Store, na forma de um aplicativo universal e gratuito [229MB; requer o iOS 4.1 ou superior].
Biophilia, o app, funciona de uma maneira peculiar. Nele você encontra uma constelação com as faixas do álbum, podendo logo de cara começar a percorrer “Cosmogony”, a primeira delas, que serve de hub para as outras e traz uma narração introdutória feita por David Attenborough.
Todas as demais estão disponíveis como In App Purchases de US$2 cada — ou melhor, por enquanto apenas mais duas podem ser adquiridas, “Crystalline” e “Virus”, enquanto as outras sete serão lançadas com o tempo. Quem quiser economizar, porém, pode comprar logo o pacote completo com todas por apenas US$10, o que não é nada mau, mas bem que esse preço poderia incluir as faixas para adicionar ao iTunes.
A proposta é interessantíssima: fundindo natureza, música e tecnologia, você pode interagir com as músicas de uma maneira inusitada, seja coletando minerais para formar um katamari versos ou combatendo a invasão de uma célula por um vírus apaixonado. Cada mini-app traz diversas maneiras de interagir com a faixa, seja num jogo, numa partitura ou numa animação.
Resumindo esse app em três grupos de três palavras: é uma viagem, música da boa, Björk é doida. Sinceramente, acho que isso é o mais perto que um app pode chegar de ser alucinógeno, e eu tiro o chapéu para a escolha de “Cosmogony” como a “droga de entrada”, oferecida gratuitamente: depois de ouvi-la, é provável que sua curiosidade acabe valendo os US$10 do álbum inteiro — e mais US$10 pela versão só de áudio, se duvidar.
Mandou bem, a Björk — tanto no app quanto no som.
[via ReadWriteWeb]