Impressoras são praticamente um mal necessário, hoje em dia. Elas não são caras, em compensação a tinta custa uma fortuna; elas são horríveis de usar, barulhentas e nem um pouco ecológicas; nenhuma empresa até hoje conseguiu fazer uma máquina dessas que valesse o dinheiro investido nelas. Contudo, uma coisa permanece um mistério: se os diferentes tipos de arquivos são padronizados, por que cada impressora precisa de um driver específico para funcionar?
Mesmo no Mac OS X, em que tudo é baixado sob demanda, praticamente sem esforço nenhum do usuário, ter que esperar até que essa pedra de Rosetta caia da nuvem é uma inconveniência que soa desnecessária, especialmente se você quer usar uma impressora uma única vez (a da casa de um amigo, por exemplo). No iOS, então, a coisa degringola de vez: qual a funcionalidade do AirPrint, se ele é compatível só com uma dúzia de modelos de impressoras?
Se depender de duas patentes recentes da Apple, descoberta pelo ConceivablyTech, essas máquinas poderão ficar um pouco menos inconvenientes, graças a sistemas de impressão sem drivers.
São descritos nos inventos dois métodos para conseguir isso: um seria enviando as informações do documento para a nuvem, onde elas seriam processadas e devolvidas já prontas para o envio à impressora. Nesse caso, o trabalho dos drivers é feito por servidores remotos e o trabalho de impressão dependeria de conexão à internet. Isso é conveniente, mas ainda longe do ideal.
E “ideal” é o que melhor descreve o segundo método: nele uma impressora pode especificar quais informações são necessárias para seu funcionamento e a estrutura específica de tais dados. Determinadas APIs viabilizariam a configuração correta e o envio dos dados sem que fosse preciso instalar nada — em outras palavras, a impressora saberia falar a língua do sistema operacional. Ah, e o contato entre um gadget/computador e a impressora poderia ser feito via Bonjour ou tecnologias similares.
Com isso, o sonho de não ter que sofrer ao imprimir um documento se aproxima um pouco mais. Se bem que, a esta altura do campeonato, com tablets e ereaders povoando o mercado de gadgets, não parece exagero imaginar que tal patente pode ter vindo um pouco tarde demais.