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E se a Apple comprasse uma operadora?

Apple money (maçã em cima de dinheiro)

Apple money (maçã em cima de dinheiro)Jean-Louis Gassée, ex-executivo da Apple, parece ter pensado em todos os detalhes dessa louca improvável possibilidade.

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Enquanto caminhava com sua esposta pela University Avenue, em Palo Alto, Gassée perguntou a ela o que achava que a Apple deveria fazer com seus mais de US$76 bilhões em caixa. Influenciada (ou não) pelas lojas das telecoms AT&T, T-Mobile, Verizon Wireless e Sprint que estavam na avenida, ela respondeu: “Por que Jobs não compra uma operadora?”

O próprio Gassée (assim como 90% das pessoas, acredito eu) achou a ideia terrível. Pudera: imagine os problemas de regulamentação, a reação das outras operadoras… sem contar que seria algo limitado ao mercado estadunidense. Mas isso não o impediu de pensar nos prós.

Segundo ele, a Apple finalizaria o trabalho que ela mesma começou quando “quebrou” a rede da AT&T. É sabido que ninguém gosta dos serviços das operadoras (e não falamos apenas dos Estados Unidos), que em sua maioria são pobres e caros. Isso sem falar nas várias opções de planos disponíveis, que só confundem a nossa cabeça.

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Na “Apple Wireless” tudo seria diferente, começando pelos planos. Gassée imaginou apenas três opções: US$50, US$80 e US$130 — sem surpresas, taxas e asteriscos. Se você atingir o limite do seu plano, recebe uma SMS (ou uma iMessage :-P) “oferecendo” um upgrade para o próximo plano — mas somente para o mês vigente. Simples e direto.

Como entrar no mercado? Bem, não daria pra comprar a AT&T com seus US$179 bilhões de market cap, nem a Verizon (US$97 bilhões). Mas quem sabe a T-Mobile (que recebeu uma oferta de US$39 bilhões da AT&T) ou a Sprint (US$10 bilhões)? A ideia de Gassée é levar ao extremo a integração vertical da Apple, deixando a rede preparada somente para os iGadgets — evitando assim o suporte a velhos protocolos.

Outra possibilidade seria usar a rede totalmente integrada com o iCloud, abrindo espaço para o “iPhone Cloud”. Assim, tudo voltaria a 2007, quando Steve Jobs introduziu o primeiro iPhone e seus web apps. Desenvolvedores poderiam usar todo o poder que o HTML5 oferece e construir web apps para o novo iPhone baseado na nuvem (acabamos de ver que isso é perfeitamente possível com o Kindle Cloud Reader).

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Financeiramente valeria a pena? A AT&T hoje possui um ARPU (sigla em inglês para rendimento médio por usuário) maior que US$100 para o iPhone. Porém, serviço não é o “jeito Apple de ganhar dinheiro”: serviços servem para impulsionar as vendas dos iGadgets, vide iTunes nos tempos de ouro do iPod — o jukebox e a loja não faziam dinheiro, serviam basicamente para vender mais iPods. A operadora da Apple partiria do mesmo princípio, porém focada no iPhone. Talvez não faça a Apple vender mais iPhones, mas pelo menos garantiria a qualidade do serviço, deixando os consumidores mais satisfeitos.

E você, o que acha da ideia? Possível ou impossível? Bacana ou viagem total? Isso tem muito mais cara de Google que de Apple? Deixe sua opinião nos comentários. 😉

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