Diante das crescentes preocupações sobre a má utilização dos AirTags, pesquisadores das universidades Johns Hopkins e da Califórnia, em San Diego (Estados Unidos), propuseram uma solução criptográfica para melhorar o equilíbrio entre privacidade e segurança.
A proposta foi publicada em setembro passado [PDF] e compartilhada com a Apple, segundo os especialistas. Ela se baseia em dois conceitos criptográficos fundamentais — o primeiro deles é o de “compartilhamento de segredos” (“secret sharing”).
Esses segredos funcionam como peças de um quebra-cabeça que, quando reunidas em número adequado, podem revelar uma situação perigosa. Isso permite que o sistema diferencie entre um uso normal do AirTag e um comportamento que pode representar uma ameaça à segurança ou à privacidade de alguém.
Em outras palavras: apenas quando um número suficiente de sinais específicos é reunido é que o sistema consegue reconhecer que pode haver um risco de perseguição ou monitoramento indesejado.
Já o segundo conceito é chamado de “codificação de correção de erros” (“error correction coding”), que desempenha um papel importante ao lidar com ambientes do mundo real, nos quais os AirTags interagem com vários outros dispositivos.
Na prática, essa codificação permite que o sistema identifique e corrija possíveis erros ou interferências nos sinais, garantindo uma detecção mais confiável de situações de perseguição ou risco, mesmo em ambientes dinâmicos e complexos.
A partir do iOS 17, vale lembrar, os AirTags passaram a ser compartilháveis com até cinco pessoas. Desde que o rastreador foi lançado, no início de 2021, a Apple precisou fazer alguns ajustes voltados à privacidade dos usuários.
Embora questionada, a Maçã não comentou o estudo dos pesquisadores e sobre uma possível implementação do esquema proposto. Eles, contudo, mantêm a esperança de que seu trabalho poderá contribuir para a privacidade e a segurança dos usuários.
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via WIRED