No mais novo capítulo da briga Apple vs. Samsung na Austrália (há poucos dias, a Sammy adiou mais uma vez o lançamento do produto por lá), a juíza Annabelle Bennett — encarregada pelo caso — disse agora que as alegações da Maçã terão um peso maior se ela as complementar com números de vendas.
Sim, é isso mesmo: para manter sua decisão definitiva de que o Galaxy Tab (10.1 e possíveis variantes como o recém-lançado 7.7) não pode ser importado/vendido na Austrália, a juíza quer analisar números do iPad nos Estados Unidos e no Reino Unido, destacando o impacto da tablet da Samsung em suas vendas.
A medida me parece um tanto sem sentido, visto que a reclamação da Apple não foi uma resposta ao seu concorrente estar roubando mercado do iPad — até porque este domina quase tudo, atualmente —, e sim o fato de o Galaxy Tab ter sido lançado e posto à venda com elementos visuais e tecnologias patenteadas pela Maçã. O processo não leva em consideração, em momento algum, como tem sido a performance do Galaxy Tab no mercado. Ademais, a Apple dificilmente aceitará essa solicitação, já que nunca divulga vendas de seus produtos separadamente, por país.
Ou seja: um produto pode praticamente clonar outro (não estou falando deste caso especificamente, mas de forma genérica), mas se ele não interferir muito nas vendas do original, tudo bem?…
[via Bloomberg]