Ultimamente a Apple tem sido o alvo preferido de todas as companhias de produtos eletrônicos: façam o que fizerem, todas tentam se igualar ou ultrapassar a Maçã. Não é raro, porém, ver tanta energia sendo mal direcionada pela concorrência — câmeras para tirar fotos 3D, oi?
Cansado de ver a concorrência correndo em círculos enquanto a Apple dispara na frente, Jason Kottke elaborou uma lista simples de áreas em que o pessoal de Infinite Loop deixa a desejar. São pontos fracos que, se bem cobertos, podem realmente fazer o mercado mudar. Resumidamente, são os seguintes:
- Social. Basta olhar pra Ping pra
sentir penaperceber que a Apple não domina muito bem o conceito de “redes sociais”. - Nuvem. Há anos o MobileMe e seus antecessores tentam ser relevantes, mas nunca conseguiram se mostrar realmente necessários para um grande parte dos donos de iProducts.
- iTunes. Ele se tornou tudo, menos Apple-like — seja no design, nas funcionalidades ou na inovação. Algo melhor que o iTunes pode fazer toda a diferença num produto concorrente.
- Steve Jobs. Aparentemente, os iProducts que ele mais usa são os melhores (vide Keynote), enquanto os que ele menos usa deixam a desejar (vide os dois primeiros itens acima e o alarme do iOS).
Além disso, dois pontos aparentemente fracos podem iludir muitos desafiantes e fazê-los perder o rumo:
- Preço. Com o iPad, a Apple mostrou que sabe ser agressiva neste setor, então um concorrente não pode achar que é simples fazer produtos idênticos aos da Maçã e ainda cobra só metade do preço. Pode até sair mais barato, mas também vai ser barato — e não falo de uma perspectiva apenas monetária.
- Abertura e segredos. Não é viável pender demais pra nenhum dos extremos: o ideal é ser aberto no que for vantajoso e se fechar completamente no resto.
Contudo, como é o caso em todas as listas de recomendações simples, estas são bem complicadas na hora de pôr em prática. Pelo menos nada aqui é impossível de alcançar: o Google, por exemplo, é uma das empresas com os melhores serviços na nuvem e o Facebook conseguiu se tornar uma espécie de entidade onipresente e essencial na vida de quase toda a população dos Estados Unidos.