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Política “traga seu próprio aparelho” dentro de empresas em alta; iPad é o grande responsável por ela

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Semana passada vimos que as “regras” dentro de grandes empresas e corporações estão mudando. Antes, funcionários eram obrigados a utilizar PCs e gadgets escolhidos pelo departamento de TI – e sabemos que, muitas vezes, eles eram escolhidos não por serem os melhores ou mais fáceis de usar, e sim por questões políticas, contratos firmados entre empresas, etc.

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Hoje, o cenário está diferente: a política conhecida como “traga seu próprio aparelho” vem ganhando força em diversas empresas. Agora, departamentos de TI não empurram mais goela abaixo suas escolhas, pelo contrário: funcionários levam seus gadgets para o escritório e exigem que o departamento ofereça suporte ao aparelho. Um exemplo claro dessa mudança pode ser visto na Kraft Foods. Lá, a área de TI não mais participa do momento e escolha do hardware — os funcionários muitas vezes compram o notebook que eles quiserem via Best Buy, Amazon.com ou lojas da Apple.

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Pode parecer incrível, mas muitas vezes nos deparamos com situações como essa, descrita por Mike Cunningham, chefe do departamento de TI da Kraft. “Nós ouvimos pessoas dizendo: ‘Como assim, o equipamento que tenho em casa é melhor do que o do meu trabalho?'”, conta Mike.

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De acordo com uma pesquisa realizada pela Forrester Research, a Kraft não está sozinha: 48% das pessoas entrevistadas compram smartphones para usar no trabalho sem levar em conta o suporte do departamento de TI. E, sendo mais flexíveis, as empresas esperam que funcionários fiquem mais confortáveis com seus próprios gadgets — e, consequentemente, mais produtivos. O que faz todo sentido, afinal, se você está acostumado com os atalhos e as possibilidades do OS X, pra que usar um PC com Windows no trabalho? É fato que sua produtividade será menor.

Uma outra pesquisa com 1.700 entrevistados mostrou que a decisão de compra do equipamento fica a cargo do funcionário. Quase metade deles responderam que compram seus próprios smartphones, sendo que 41% pagam pelo produto — apenas 9% dividem o custo com suas empresas.

A política do “traga seu próprio aparelho” beneficia companhias focadas em consumidores, o que é ruim para HP, Dell e RIM (empresa por trás do BlackBerry), as quais possuem um viés empresarial bem forte — pensando rápido pode parecer meio doido: companhias focadas no consumidor com desempenho empresarial melhor que as focadas no ambiente de trabalho. Mas, no final das contas, independentemente de estarmos trancados dentro de um escritório, em baias, de terno e gravata, no fundo todos somos consumidores. E adivinha qual empresa possui mais destaque nesse novo movimento! A Apple, é claro. Quando o benefício da escolha é dado, empregados estão optando pela Maçã. Isso pode ser explicado exatamente pela abordagem dela (focada no consumidor) e sua solução vertical (hardware e software integrados). Tudo isso está dando à Apple uma vantagem competitiva bem grande.

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Mas nem sempre o departamento de TI concorda com essa mudança. Alguns resistem, dizendo que a tecnologia trazida pelos funcionários pode ser insegura, ou algo parecido. Além disso, é claro que, aumentando o número de aparelhos e sistemas operacionais suportados, o trabalho/dificuldade do departamento aumenta. O problema é que os pedidos estão vindo de executivos de alto escalão (I’m CEO, bitch!), e o iPad foi o grande estopim dessa mudança. Eles levavam o iGadgets para o escritório e falavam “Ei, você tem que dar suporte a isto!”

iPad e apps empresariais

E quer saber? No final das contas, a empresa economiza um bom trocado. Como vimos na pesquisa da Forrester, grande parte dos funcionários pagam por seus iPhones e iPads. Segundo Ben Reitzes, analista da Barclays Capital, na hora do suporte, vários recorrem a uma Apple Store (e seus “gênios”) em vez do departamento de TI da empresa. O que isso significa? Tempo e dinheiro!

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O programa “traga seu próprio aparelho” implementado pela Citrix Systems, uma desenvolvedora de softwares, fez a empresa economizar 20% em cima de cada notebook, durante três anos. Cerca de 1.000 funcionários participaram do programa e 46% deles compraram computadores da Apple, segundo Paul Martine, chefe do departamento de informação da empresa. “Isso foi uma surpresa.”

É claro que esse tipo de programa não funciona para todo mundo — muitas companhias, por questões de segurança e de dados sigilosos, não permitem que funcionários usem seus próprios gadgets no trabalho. Mas, para todas as outras, o programa parece ser mesmo uma ótima opção.

[via NYTimes.com]

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