Em uma pesquisa conduzida entre julho de 2010 e agosto de 2011 na Europa, na América do Norte, na África do Sul e na Austrália, a WDS (empresa que oferece serviços a operadoras) avaliou que, de 600.000 chamadas de suporte, 12,6% eram relacionadas com falhas de hardware em algum modelo de Android. Em contrapartida, apenas 9,3% envolviam problemas de hardware em Windows Phones, 8% de iPhones e 5,5% de BlackBerries.
“Uma coisa que precisa ficar absolutamente clara”, disse Tim Deluca-Smith, vice-presidente de marketing na WDS, “é que nossa análise não encontrou nenhum problema inerente na plataforma Android. Sua abertura permitiu ao ecossistema crescer a um tamanho fenomenal, num ritmo fenomenal, e é esse sucesso que está se mostrando desafiador.” Ou seja, as falhas de hardware são um sinal de que o Android está ganhando. Oi, lógica?
“A experiência do usuário de um Android é muito diferente entre aparelhos e isso significa que a forma como aparelhos com Android são vendidos e recebem suporte deve levar em conta a qualidade do hardware e dos componentes.” Ah, saquei, nem todos os Androids nascem iguais: uns são de alta qualidade, outros são lixo (e estes últimos, detalhe, é que fazem o Google estufar o peito e dizer “Temos um babilhão de ativações por segundo”). Enquanto isso, as operadoras vêm arcando com cerca de US$2 bilhões em custos de reparos.
Olhando para esses números, porém, tenho outra explicação, e ela livra a cara do Android epicamente — pode ficar surpreso! Quando o iPhone quebra, pra quem você liga? Pra Apple. Quando um BlackBerry quebra, pra quem você liga? Pra Research In Motion. Qual é o número do serviço de atendimento ao consumidor do Google, mesmo? A-há. Sim, o fato de haver Androids de todos os sabores, preços, tamanhos e níveis de qualidade ajuda a colocar mais lixo no mercado (e lixo quebra), mas creio que o fato de os consumidores saberem para quem ligar em caso de sinistro pode ter desempenhado um grande fator nesta pesquisa. Afinal de contas, se o Google não oferece suporte ao Android e as fabricantes não estão ao alcance dos consumidores, sobra pra quem? Pras operadoras — justamente de onde vieram os dados.
Nessa luz, dá pra ficar espantado é com o número do Windows Phone: como é que pode uma plataforma em extinção ainda ser responsável por quase 10% das falhas de hardware numa pesquisa deste tipo?
Hmmm… Talvez seja justamente por isso que essa plataforma está em extinção. :-/
[via BGR]