por Rogério A. Oliveira
Não faz muito tempo que, como bom fã da Apple, adquiri meu tão esperado iPhone 4 — mais precisamente no dia 24 de setembro de 2010, pouco tempo depois de ele ser disponibilizado em lojas brasileiras. Quase dez meses depois de comprado, o meu único gadget inseparável apresentou o terrível “problema do Home Button”.
[Foto: Bryant Naro, via Flickr.]
Com o botão principal falhando, o que fiz? Como bom consumidor, imediatamente entrei em contato com a Apple e fui informado de que a garantia de iPhones comprados no Brasil era de responsabilidade das operadoras de telefonia celular. Marinheiro de primeira viagem em termos de garantia de iPhone, prontamente entrei em contato com a TIM (onde adquiri o smartphone) e fui informado de que deveria ligar para um 4003… da vida, de uma tal de Allied, terceirizada da TIM que consertava iPhones em garantia. Aí começava minha longa jornada em busca da “garantia prometida”…
Depois de quase dez tentativas tentando entrar em contato com a Allied, buscando abrir um chamado, durante vários dias, fui surpreendido com uma mensagem gravada dizendo: “Para garantia de iPhone, entre em contato com a TIM.” Se a Allied me mandava entrar em contato com a TIM, então era um bom sinal, pois a TIM deveria estar ciente de que a Allied não mais estava atendendo clientes em busca de garantia. Para minha infelicidade, depois de inúmeras vezes ligar para o atendimento da TIM e ir numa loja própria da operadora, continuei a ser instruído a ligar para a tal de Allied! E então, o que eu deveria fazer?
Não consegui sequer obter um número válido para entrar em contato com qualquer assistência da TIM, e ela nada sabia, ou seja, um total desrespeito e descaso no pós-venda. Pesquisando na web, descobri que a Itautec assumiria a garantia de iPhones vendidos pela TIM, mas ligando para o atendimento e indo numa loja TIM, nem eles sabiam disso ainda. Acabei até servindo como meio de correio interno, já que fui o responsável por informar para alguns atendentes de que a Itautec era a nova parceira de garantia da TIM. Terrível!
Passado mais de um mês, e com o problema não resolvido, o meu grande dilema era que faltavam apenas cinco dias para a minha garantia vencer. O que fiz? Registrei um chamado na TIM e entrei com um processo num juizado especial, porém nada disso tinha resolvido o problema do meu iPhone.
Como estava de viagem marcada para os Estados Unidos, resolvi tentar a sorte, apesar de ser informado pela TIM que o iPhone somente poderia ser trocado em território nacional. Levei então meu gadget na bagagem, em sua última jornada de esperança.
Cheguei a Nova York no último dia da garantia — 23 de setembro de 2011 —, e minha primeira parada foi, evidentemente, a Apple Retail Store da Quinta Avenida. Cheguei lá exatamente às 21 horas, com o iPhone na mão, faltando apenas três horas para acabar a minha cobertura legal.
Com a loja lotada, fui diretamente ao Genius Bar, fiz um agendamento e prontamente fui atendido. Expliquei o problema para a analista, ela pegou o iPhone, o testou por 20 segundos, digitalizou o código do iPhone e simplesmente disse: “A garantia dele vence hoje! Posso trocá-lo para você agora!”
Exatamente às 21h30 saí da loja com um novo iPhone — e feliz da vida, é claro. Somente a Apple poderia realmente ter um atendimento desses, e detalhe: se não fosse a loja da Quinta Avenida, que fica aberta 24/7, eu estaria até hoje aguardando um contato da TIM. Após uma breve pesquisa na web, pude perceber que as reclamações de garantia de iPhone são inúmeras aqui no Brasil.
A TIM ainda nem sabe que já consegui resolver meu problema, talvez não saiba nem que eu existo, e acho que as únicas informações que constam para ela são as contas que tenho que pagar todo mês. Até o momento não obtive nenhum contato, e acho que não irei obter.
Moral da história: a Apple continua sendo a Apple. Sua loja trocou um aparelho vendido no Brasil pela TIM, gente! E a TIM continua sendo a TIM, ou seja, sem respeito algum aos seus consumidores! Oh, well…
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Rogério Oliveira é consultor de TI Microsoft e grande fã da Apple.