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Larry Page estaria seguindo conselho de Steve Jobs na administração do Google

Larry Page, CEO do Google

Reza a lenda que Steve Jobs, ao ser perguntado pelo CEO da Nike sobre como fazer pra ter sucesso, teria dito “Se livre das porcarias e dê atenção ao que presta.” Segundo a biografia autorizada do ex-CEO da Apple, ele disse algo semelhante a Larry Page, chefe-executivo do Google, e este seguiu à risca o conselho que recebeu. É disso que trata um artigo bem interessante que o New York Times publicou recentemente: a jornada da gigante de buscas para encontrar o foco perdido.

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Larry Page, CEO do Google

Qual é o principal produto do Google? Errou quem falou buscas — esse é o número 2. O ganha-pão da companhia de Mountain View é publicidade. E quem fica com o bronze? Boa sorte para encontrar alguém, entre email, streaming de vídeos, sistemas operacionais, navegadores, redes sociais, plataformas de publicação, música, livros… Na visão de Jobs, esse é o problema principal do Google: ao tentar fazer de tudo um pouco, ele acaba não conseguindo fazer nada perfeito. “[Essas coisas a mais] estão transformando vocês na Microsoft”, Jobs disse a Page. “Elas fazem vocês entregarem produtos adequados, mas não ótimos.”

Entre as medidas de Larry Page para colocar isso na prática estão uma bela enxugada nos serviços do Google, pondo um fim a certas iniciativas, e mais agilidade nas decisões do cotidiano da empresa. Neste último quesito, Page adota duas estratégias curiosas: ele odeia emails, por considerá-los um pingue-pongue lento e infrutífero, e tem horror a reuniões.

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Prova disso é que ele chegou a demitir uma secretária, só para não ter quem as agendasse; hoje, ele tem uma nova assistente, mas toda e qualquer reunião, não apenas dele como no Google inteiro, deve ter 50 minutos — com direto a 10 minutos de pausa entre uma e outra. E, na questão dos emails, dois executivos que estavam se alfinetando por mensagens foram convidados a resolver suas diferenças numa gaiola de luta até a morte cara a cara, na sala do CEO.

Resta agora saber se isso vai deixar o Google mais ágil ou se vai acabar secando a semente da inovação que por tanto tempo marcou a identidade da companhia. Vale notar, por exemplo, que o Gmail (talvez o cliente de emails mais popular do mundo, atualmente) surgiu de um projeto paralelo, como os que Page tem matado a torto e a direito. De uma forma ou de outra, Page acertou ao falar o nome do maior inimigo de sua companhia: Google.

[dica do Theo Venturelli, via O Globo]

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