Até onde eu entendo dessa coisa de ações e bolsa de valores, empresas que pagam dividendos (uma espécie de gratificação para acionistas) são aquelas que pararam de crescer, não têm mais mercados a explorar e precisam de uma cenoura para atrair investidores. Pense na Microsoft: depois do Windows e o Office, ela simplesmente parou no tempo e não fez mais nada que desse dinheiro. (Não entenda mal, o Xbox e o Kinect são ótimos, mas se fosse pra gigante de Redmond viver deles… digamos que ela estaria encrencada — veja a faixa “Entertainment and Devices” neste gráfico.)
Entra em cena Brian Marshall, analista da International Strategy & Investment Group, e recomenda que a Apple pague dividendos. Que original. Oh, mas ele afirma que isso vai acontecer porque agora é Tim Cook quem está no comando, e tal decisão vai otimizar a estrutura de capital da empresa, cortando um pouco das receitas, mas conquistando mais investidores que vão injetar até US$4 bilhões na conta da Maçã.
Porque uma companhia que monopoliza boa parte dos lucros de praticamente todos os mercados nos quais ela atua e que, por isso, tem dezenas de bilhões de dólares em caixa só esperando pra serem gastos precisa desesperdamente de otimizações em sua estrutura de capital. Sem falar que esses US$4 bilhões são realmente necessários, e pra ontem.
Daí fica a pergunta: uma empresa que só cresce precisa desse tipo de coisa? Resposta curta: não. Resposta longa: nããããããããããão.
[via AppleInsider]