Meses após anunciar que passaria a permitir que aplicativos “leitores” incluíssem links externos na App Store, a Apple finalmente atualizou hoje as diretrizes da sua loja de aplicativos, facilitando a vida de serviços que contam com sites próprios para o gerenciamento de contas de usuários.
A novidade foi anunciada há pouco, por um comunicado oficial para desenvolvedores, e cumpre um acordo firmado entre a Apple e a Comissão de Comércio Justo do Japão (Japan Fair Trade Commission), em setembro do ano passado. Mesmo assim, a mudança tem abrangência global e passa a valer a partir de hoje.
Aplicativos “leitores”, de acordo com a Apple, são aqueles cuja única função é prover conteúdo digital como músicas, filmes, revistas, livros, jornais e vídeos — o que inclui Netflix e Spotify, por exemplo. Tais apps são permitidos a operar na App Store desde que não incitem seus usuários a usar um sistema de pagamentos diferente do nativo da loja.
Até então, serviços como a Netflix eram obrigados a incluir mensagens em seus apps que instruíam usuários a acessar o serviço por um navegador para realizar ações relacionados à assinatura, como é possível ver abaixo.
Quem quiser incluir um link externo, no entanto, precisará se comprometer a não oferecer qualquer compra interna ou serviços em tempo real de “pessoa para pessoa” dentro do aplicativo. Os endereços exibidos ainda deverão ser destinados apenas para o gerenciamento das contas dos usuários.
Em setembro, a Apple afirmou que a mudança ajudará a “facilitar a configuração e o gerenciamento” de aplicativos e serviços, protegendo a privacidade do usuário e “mantendo sua confiança”.
A Apple colocou no ar uma página detalhada sobre a novidade, incluindo um FAQ. Desenvolvedores interessados, que se enquadrem nesse escopo, poderão solicitar acesso à empresa a partir de hoje.