O melhor pedaço da Maçã.

A influência de Steve Jobs na arquitetura das Apple Retail Stores

Cubo na Retail Store da Quinta Avenida

Ao contrário da imensa maioria dos CEOs de grandes empresas, Steve Jobs metia o bedelho em tudo — afinal de contas, o cara tinha muitas coisas a acrescentar a quase todos os aspectos dos produtos da Apple, do design às funcionalidades presentes ausentes. Talvez por isso ele seja tão admirado por milhões de pessoas em todo o mundo, por ser alguém que arregaçava as mangas em vez de simplesmente deitar e rolar (ou fazer macacadas).

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Cubo na Retail Store da Quinta Avenida

O famoso cubo de vidro da Quinta Avenida está em reforma para seguir
o princípio minimalista de “fazer mais com menos”.

A influência de El Joboso ia, porém, muito mais longe do que simplesmente repetir “Ive, faça outro protótipo” ad nauseam: Jobs também trabalhava diretamente com os arquitetos responsáveis pelas Apple Retail Stores, conforme contam duas reportagens do New York Times e da Architectural Record. “Os melhores clientes, em minha mente, não dizem que o que quer que você faça está bom”, contou Peter Bohlin, da Bohlin Cywinski Jackson, firma de arquitetura responsável pelas lojas da Maçã. “[Os melhores clientes] são os envolvidos no processo. Quando eu olho para trás, é difícil lembrar quem teve qual ideia quando. Esse é o trabalho mais gratificante e satisfatório, seja de um prédio imenso ou de uma casa.”

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Aliás, Jobs decidiu trabalhar com Peter Bohlin justamente pelo fato de ter em seu currículo casas e grandes edifícios. “Se você faz casas, então você pensa nas sutilezas de um prédio”, relembra. Aliás, foi esse mesmo arquiteto que projetou a casa que Jobs desejava construir no lugar da Jackling House, projeto que, com a morte do ex-CEO da Apple, jamais deverá sair do papel.

Apple Retail Store de Xangai, na China

Cilindro de vidro na loja de Xangai.

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Resta o consolo de saber que Jobs teve a chance de deixar marcas praticamente indeléveis na forma como lojas são planejadas: enquanto quase todos os projetos desse tipo parecem saídos de um pesadelo, as Retail Stores da Maçã têm um ar “preciso, inteligente, racional e onírico”, nas palavras do próprio Bohlin. E é curioso como Jobs fazia de tudo para que seus planos saíssem perfeitos. Por exemplo, sabe a loja de Xangai, com o cilindro de vidro na entrada? A praça ao redor não ia ser circular, mas de alguma forma El Joboso conseguiu que fosse.

Essa é a diferença entre Steve Jobs e outros CEOs: qual executivo iria se preocupar em algo tão supérfluo quanto a harmonia entre os elementos arquitetônicos que cercam uma loja? Tomara que esse espírito nunca deixe a Apple. 🙂

[via ifoAppleStore]

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