Se é pra cair, que seja feito um meteoro em chamas, um evento épico e cataclísmico. Andy Zaky está numa posição em que ou ele vai acertar e ganhar braggin’ rights pra uma vida inteira, ou ele vai explodir em chamas durante a próxima conferência de resultados da Maçã: suas previsões para o desempenho da gigante de Cupertino neste trimestre são tão otimistas que chegam a ser engraçadas. Ele espera vermos US$42 bilhões em receitas (mais que o Google ou a Amazon.com deverão anunciar para o ano), vendas de iPads, iPods e Macs alinhadas com as estimativas gerais, mas o iPhone vai… bem, leia abaixo:
Assim, não apenas acreditamos que a Apple vai confortavelmente despachar 32 milhões de iPhones sem pestanejar, achamos que nossas expectativas vão realmente se mostrar conservadoras. Na verdade, acreditamos que a Apple vai acabar registrando vendas de mais de 35 milhões de iPhones, o que vai causar um enfarto em pelo menos algumas centenas de pessoas que venderam suas ações. Vai ser uma performance explosiva do tipo mais surpreendente, na qual as pessoas vão ficar paralisadas e dizer “WTF” repetidamente enquanto balançam a cabeça como derrotadas — Steve Cortez, contribuinte da CNBC, estará entre elas, com sua posição reconhecidamente conservadora em relação à Apple.
Palavras fortes, estas, especialmente porque Zaky superestimou em uns 15% as receitas da Apple no trimestre passado — e, pra adicionar um coice à queda, ele parece não ter seguido o manual de como prever receitas que ele mesmo fez. Segundo o manual, as receitas da Apple seriam de US$29,5 bilhões; Zaky apostou US$32,7 bilhões; a realidade foi de US$28,27 bilhões.
Isso pode se repetir neste trimestre e o erro ser ainda maior, o que seria mais engraçado até do que as piadas que ele fez em sua previsão. Contudo, é bom ressaltar que o FQ4 2011 era um período de transição, no qual estávamos diante do fim de um ciclo para o produto mais importante da Apple, e o FQ1 2012 é exatamente o começo. Isso pode ser o bastante para mudar completamente o cenário.
O que vai acontecer, só saberemos em janeiro, quando a Maçã abrir sua caixa de Pandora e divulgar os resultados oficiais. De um lado, temos os analistas profissionais, sempre conservadores; do outro, os independentes, sempre otimistas. Estes costumam ser mais precisos que aqueles, historicamente, mas o trimestre passado serviu para reverter isso e reforçar a impressão de que, no fim das contas, não importa se você é profissional ou independente — ninguém sabe de nada.
[via 9to5Mac]