É quase impossível a Apple dar um espirro sem gerar controvérsia, hoje em dia. Olha só, a confusão em que ela está indiretamente envolvida, agora: cansada de ver sua loja em Lincoln Road sempre transbordando de gente, a Maçã resolveu fazer um projeto de ampliação e deixar o lugar com uma cara nova, muito similar à tendência que vem se repetindo em Retail Stores, de um hangar de vidro com teto curvo.
Só que tem um problema: pra fazer isso, a Apple teria que demolir o prédio onde ela está instalada, e ele fica num distrito tombado pelo patrimônio histórico. Tudo bem, não vai ser a gigante de Cupertino que vai sapatear na memória alheia — muito bem comportada, a Apple foi atrás de paragens mais verdes. Pra quê?… A comoção pela possível saída foi tão grande que os ânimos só se acalmaram depois que a Maçã disse que fica.
A história não acaba aí, porém: segundo conta o Miami Herald, uma emenda pretende tirar duas vagas no conselho de preservação histórica da cidade, vagas que pertencem justamente a organizações que se opuseram à reforma da Retail Store. Jonathan Fryd, quem propôs a emenda, garante que uma coisa não tem nada a ver com a outra, apesar de ele ser ligado à empreiteira que cuidaria do projeto da nova Retail Store. #SeemsLegit
Se a Apple ficar e não reformar a loja, vai acabar com um prejuízo por causa da falta de espaço; se reformar, vai pegar mal, com essa história de jogos de poder; se sair, vão dizer que ela está matando o distrito comercial… Como canta Bethânia, “Drama! E ao fim de cada ato… limpo num pano de prato as mãos sujas do sangue das canções.”
[via MacNN]