Mais do que qualquer hardware ou software real ou imaginário, uma televisão da Apple precisa de conteúdo para ter alguma chance de vingar no mercado. Shaw Wu falou um pouco sobre isso em uma nota a investidores, pegando carona no burburinho de ontem: segundo o analista da Sterne Agee, a Maçã pretende oferecer pacotes de programação customizados com uma assinatura mensal. Em outras palavras, o consumidor escolhe o que vai querer e paga proporcionalmente.
“Isso é, obviamente, muito mais complicado [do que o modelo atual] em termos de licenciamento”, escreveu Wu. “Na nossa visão, isso mudaria o cenário da televisão e daria à Apple uma grande vantagem em relação à concorrência.” O analista complementou ainda que a maneira mais fácil de oferecer tal comodidade seria em parceria com operadoras de TV a cabo, mas que a forma revolucionária seria entregar a programação pela internet.
Claro, isso tudo soa muito lindo, mas seria o suficiente para fazer as pessoas comprarem uma televisão mais cara que o normal e dispensar operadoras de TV a cabo que atrelam pacotes de banda larga e telefonia com a programação? Quem sabe a iTV acabe sendo vendida com subsídios e assinaturas de dois anos, que nem o iPhone — a esta altura, tudo pode acontecer.
Tem mais: ontem, o DigiTimes estava falando em lançamento da iTV no segundo ou terceiro trimestre de 2012; hoje, muda tudo, pois agora as fontes estão falando em fim de 2012 e trouxeram a chocante informação de que a televisão da Maçã, como iGadgets, não vai usar chips Intel ou de outras marcas disponíveis no mercado, e sim uma solução própria. Não acredito! É impossível a Apple lançar uma TV sem processador Ivy Bridge, isso só pode estar errado.
Quanto mais eu ouço esses rumores, mais eu me convenço de que ninguém sabe de nada. :-/