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É mobile, mas é limpinho

Infinity Blade II

Não é novidade que um dos grandes atrativos do iOS é a coleção de jogos disponíveis (pelo menos em outros países que não o Brasil) na App Store. Tanto iPhone/iPod touch como iPad são um prato cheio pra jogar desde games casuais até produções pesadas, como Infinity Blade.

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Aliás, Infinity Blade é um exemplo excelente para explicar o meu ponto nesse post! Todos ficamos boquiabertos ao ver as primeiras imagens desse título durante uma das keynotes da Apple — estou certa? E ele já está ultrapassado, porque Infinity Blade II (lançado no final de 2011) é ainda mais inacreditável. Como aquele jogo consegue rodar ali? Uma mistura de investimento, pessoas talentosas, tecnologia de primeira e (muita) boa vontade.

Agora, chego no ponto principal: quando o assunto é mobile, essa “boa vontade”, infelizmente, não está sempre presente no check-list das grandes desenvolvedoras.

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Para os gamers que têm um console como PlayStation 3 e/ou Xbox 360 em casa, é triste ver nomes de tanta importância levados para o iOS sem o menor cuidado. Assassin’s Creed, por exemplo, é um título que surpreende no quesito gráficos desde 2007, mas no iPhone parece piada de primeiro de abril.

Eu via gráficos melhores que esse no meu Super Nintendo, na época em que esta “MacFag” que vos escreve usava um Windows 3.11.

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De mobile para mobile, as versões feitas para PSP e Nintendo DS também não são lá essas coisas. Limitações de hardware, é claro, mas ainda assim dá um banho nessa coisa xexelenta mostrada acima.

Mais?

Mirror’s Edge, além de feio, perdeu toda a essência do jogo no iOS. Enquanto a versão grandona é toda baseada na corrida em primeira pessoa, no iPhone/iPad virou um corre e pula (bem meia-boca) de plataforma.

Devil May Cry. Dá pra saber o que está acontecendo nessa tela?

Será que eles não têm vergonha de apresentar um negócio desses?

Não.

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Podem colocar toda a culpa no hardware, afinal, nenhum aparelho do tamanho do iPhone pode ser comparado a um PlayStation (que de “slim” não tem nada, hehe). Mas e Infinity Blade? Sua segunda edição tem gráficos melhores que muito jogo que já rodei no Xbox. Ou é coisa do capeta, ou é mesmo tecnicamente possível.

Podem colocar toda a culpa no preço, afinal, não dá pra comparar o custo de um jogo para console com o padrão de preços da App Store. Mas e Infinity Blade? Ele custa os mesmos US$6 que Assassin’s Creed para iOS.

Podem colocar toda a culpa no mercado, afinal, os portáteis ainda estão engatinhando e não devem ser tão economicamente interessantes. Mas a franquia Infinity Blade já faturou mais de US$30 milhões só em um ano de iOS, e nem tem o poder que outras produtoras/distribuidoras possuem nessa categoria.

A pergunta que eu faria é: pra que melhorar? Nomes de tanto peso no mercado de games vão vender de qualquer forma, mesmo apresentando essas telas em sua página de distribuição da App Store. Mas e quanto aos usuários que estão ouvindo falar naquele jogo pela primeira vez? Um queima filme absurdo de títulos tão legais.

O nível está (bem) baixo e poderia subir muito. Falta amor? Falta Sazon? Está faltando é boa vontade por parte de quem publica essas versões ruins.

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Infinity Blade tem seus defeitos também, pois pode ficar repetitivo, caindo nas mesmas fórmulas e sequências, além de devorar a bateria do iPhone/iPad sem dó nem piedade. Ainda assim, é só olhar para imagens como esta, abaixo, pra eu ficar até emocionada, hehe!

Não é feitiçaria, é tecnologia. 😉

Parabéns à Epic Games e à ChAIR Entertainment, e que a Lâmina Infinita continue com a campanha “yes, we can” pra mostrar como se faz no iOS e até em outros smartphones e portáteis. Como eles mesmo descrevem seu app: “The Next Chapter in Mobile Gaming” — em português, “O próximo capítulo em jogos móveis”. Tomara!

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