Imagine só, a situação: você em pleno Avery Fisher Hall, no Lincoln Center, desfrutando de uma belíssima apresentação da Orquestra Filarmônica de Nova York (New York Philharmonic), quando seu iPhone começa a tocar descontroladamente. O que fazer?
Tem gente que corre e o desliga o mais rápido possível, o que é o menos ruim a se fazer depois de cometer a mancada de ter deixado o celular ligado ou sem o modo silencioso ativado. Outros, como um senhor que estava bem numa das filas frontais do espetáculo, optou pelo pior dos caminhos: preferiu “fingir que não era com ele”.
Resultado? Pela primeira vez na história (seja por um toque de celular ou qualquer outro tipo de incômodo), segundo o U.S. News, o maestro Alan Gilbert se viu forçado a interromper a Nona Sinfonia de Gustav Mahler devido ao descontrolado toque “Marimba” que emanava do iPhone em questão.
Gilbert então se pronunciou:
Senhoras e senhores, peço-lhes sinceras desculpas por isso. Normalmente, quando esse tipo de coisa acontece, nós ignoramos. Mas essa é uma perturbação tão odiosa que eu me vi forçado a parar. […] Você poderia simplesmente admitir. Está ok, simplesmente desligue-o. Ele está desligado, agora?
Com toda a razão, alguns na plateia logo gritaram “Chute-o pra fora!”, “Multa de mil dólares!”, entre outros, e todos prontamente aplaudiram o maestro que então — depois de 2-3 intermináveis minutos de pausa — pôde finalizar a apresentação e terminou ovacionado por quase 3.000 pessoas.
Que vergonha.
[dica do Marcal Santos]