Essa, é boa! Uma matéria no The Wall Street Journal mostrou o “problema” que a Apple se tornou para analistas e para o mercado financeiro em geral. Basicamente, a firma de Cupertino está tão grande, com resultados tão incríveis, que ela tem que ser “retirada” do índice S&P 500 par que os números dele fiquem mais de acordo com a realidade.
Jonathan Golub, da UBS AG, publica duas versões de seus relatórios trimestrais: um com a Apple e outro sem. Mas ele não está sozinho, já que analistas de Morgan Stanley, Goldman Sachs, Barclays Capital e Wells Fargo fazem estudos parecidos, a fim de enxergar as coisas com menos dificuldade.
Um exemplo: analisando o índice S&P 500, vemos que o faturamento do quarto trimestre fica na casa dos 6,6% ano a ano. Porém, se retiramos a Apple, o número cai para 2,8%, de acordo com a UBS. Ou seja, o sucesso ou o fracasso da Apple podem alterar a forma como os resultados são vistos. A coisa piora se analisarmos somente as empresas de tecnologia. Neste cenário, de acordo com David Kostin, da Goldman Sachs, projeções indicam que os ganhos do quarto trimestre serão de 21% (comparando com mesmo período anterior). Contudo, se tirarmos a Apple da jogada, a crescimento cai para 5%.
Ontem, as ações da Apple bateram um novo recorde histórico pela oitava vez consecutiva, se não me engano. Em menos de um mês, os papéis pularam de US$400 para mais de US$500 — desde o feriado de Ação de Graças (Thanksgiving), a valorização da empresa ultrapassou os 40%, enquanto o S&P 500 está em 17%. Hoje, a firma de Cupertino representa 16,6% do índice — mais que Google, Intel e Amazon.com, juntas!
Em uma nota relacionada, esta não é a primeira vez que uma empresa é “retirada” das contas, já que IBM e General Motors (GM) também tiveram no passado seu “momento de fama”.
[via Gizmodo]